Greve poderá refletir no atendimento do INSS, caso haja problemas com equipamentos e queda do sistema de informática do órgão
Os servidores de Curitiba da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) - responsável pelo processamento de dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (26). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Informática e Tecnologia da Informação do Paraná (Sindipd-PR), 36 colaboradores da capital aderiram ao movimento e 24 continuam trabalhando, pois se trata de um serviço essencial e não pode ser totalmente paralisado.
Um dos diretores do Sindipd-PR, Daniel Ferreira Martins, afirmou que pode haver atraso no pagamento de benefÃcios porque os servidores no Rio de Janeiro – onde se localiza a central de processamento de dados do INSS – também paralisaram as atividades. Segundo Martins, se não houver informações do Rio de Janeiro, os segurados do Paraná e de todo o paÃs podem não conseguir fazer o saque do primeiro benefÃcio.
Com relação à greve em Curitiba, poderá refletir no atendimento do INSS, caso haja problemas com equipamentos e a queda do sistema de informática do órgão. Isso porque não serão feitos reparos e o processamento de dados funciona com um número reduzido de funcionários.
Nesta terça-feira (27), às 9 horas, haverá assembleia dos trabalhadores da Dataprev para deliberar sobre a continuidade do movimento. No entanto, a greve será finalizada somente se o mesmo ocorrer no Rio de Janeiro, de acordo com o diretor do Sindipd-PR. A entidade representativa dos trabalhadores afirmou ainda que não havia nenhuma reunião de negociações agendada com o governo federal.
Reivindicações
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 8,5% e abono salarial de R$ 3 mil. O governo federal oferece aumento de 5,3% e abono salarial de mil reais.
Outra questão que motivou a paralisação foi o fato de o governo querer fechar acordo salarial para o perÃodo de dois anos. A proposta não foi aceita pelos trabalhadores que reivindicam que o acordo coletivo seja discutido anualmente.
Fonte: Jornal de Londrina