Em 20 dias de greve, 2 mil carteiras deixaram de ser emitidas em Londrina


Segundo o sindicato dos servidores do MTE, regularização da emissão do documento poderá demorar o mesmo período da greve. Negociações não avançam e paralisação não tem prazo para acabar

Duas mil carteiras de trabalho deixaram de ser emitidas em Londrina durante os 20 dias de greve dos servidores administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A paralisação nacional por tempo indeterminado teve início no dia 5 de novembro e, segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Previdência, Saúde, Trabalho e Ação Social no Paraná (Sindprevs), não há prazo para se encerrar.

De acordo com o Sindprevs, se a paralisação acabasse nesta quarta-feira (25) seriam necessários dez dias para regularizar o volume de carteiras que deixaram de ser emitidas. Contudo a assessoria de imprensa da entidade alertou que, por ter apenas dez servidores, o prazo para regularizar poderá ser o mesmo dos dias parados. Ou seja, se a greve durar 30 dias, será necessário o mesmo período para que normalizar o fluxo de pedidos.

No Paraná, aproximadamente 20 mil documentos deixaram de ser emitidos. Em Maringá, Noroeste do estado, mil carteiras não foram solicitadas.

Reivindicações

A paralisação completa 20 dias, nesta quarta, e segundo o Sindprevs não houve um avanço nas negociações. Os servidores reivindicam a aprovação do plano de carreira específico para a categoria, que está paralisado no Ministério do Planejamento. Os grevistas também querem dois turnos de seis horas para manter jornada de trabalho com 12 horas de atendimento, além de convocação dos aprovados no último concurso.

"A greve nasceu da palavra do ministro [do Trabalho], que não foi cumprida. Agora o governo tem colocado pessoal do quarto escalão para negociar; não consideramos isso um diálogo", diz o diretor do sindicato que representa os servidores da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PR), Gilberto Félix da Silva Júnior.

Segundo ele, representantes do comando nacional viajam ainda nesta semana a Brasília para tentar uma negociação que ponha fim à greve. "Queremos forçar uma conversa com alguém que nos dê uma resposta efetiva", garante.

Fonte: Jornal de Londrina