Dois profissionais que deveriam trabalhar nesta segunda não compareceram. Funcionária do posto Maria Cecília informou que os médicos trabalhavam em hora-extra, o que deixaram de fazer. Falta de médicos fere o novo código de ética da categoria
A funcionária disse que, na escala da segunda-feira, os médicos trabalhavam em hora-extra, o que deixaram de fazer. Questionada se a medida foi uma determinação da Secretaria de Saúde, ela se negou a responder.A servidora informou que, desde a semana passada, a direção da unidade tenta completar a escala, mas sem sucesso. A falta de médicos durará toda a segunda-feira. Nós tentamos, mas não há profissionais da rede suficiente para atender a todas as unidades, declarou.
Com um problema no pé, o ajudante de pedreiro Daniel da Conceição, 28 anos, foi surpreendido com a falta de médicos na unidade. Ele tinha uma consulta agendada para a manhã desta segunda. Estava com o encaminhamento na mão, os funcionários apenas olharam e já me encaminharam para a UBS do Leonor, disse.
Para Conceição, a falta de médicos é uma humilhação para a população que precisa de atendimento nos postos de saúde. Preciso de atendimento médico para resolver o meu problema e poder voltar a trabalhar. Não estou conseguindo calçar nenhum sapato. O atendimento está terrível, declarou.
Novo código de ética
A falta de médicos plantonistas fere o artigo 9º, do capítulo três, no novo código de ética médica, que entrou em vigor no dia 13 de abril deste ano. Pelo documento, é vedado aos profissionais deixar de comparecer a plantão ou abandoná-lo sem um médico substituto. Quando isto ocorrer, a direção da unidade de saúde deve providenciar a substituição.
Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Londrina, Álvaro Luiz de Oliveira, para realizar uma fiscalização nas unidades básicas o órgão necessita receber uma denúncia oficial. Contudo, ele destacou que não pode furar a escala de plantão.
Neste caso, caberia à Prefeitura fazer a reposição dos profissionais. Se comprovada a falta de médicos nos plantões, o gestor poderá responder pela falha, disse.
Fonte: Jornal de Londrina