O presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhaes, terá uma audiência com o ministro da Previdência, Carlos Gabas. “Ele nos ligou, pedindo que fizéssemos a intermediação junto aos peritos médicos, uma vez que não reconhece como legÃtima a intermediação da Associação Nacional de Médicos Peritos da Previdência [ANMP)”, disse Carvalhaes.
Na reunião, o governo apresentará a proposta que tem para a categoria. “Nosso papel será o de tentar melhorar ao máximo possÃvel a proposta que será apresentada”, garante o médico.
Segundo Carvalhaes, a questão da segurança preocupa muito a categoria, porque foram registrados vários casos de agressão e até mesmo de assassinatos contra peritos médicos. “Muitas vezes, indivÃduos próximos da aposentadoria e afastados por alguma incapacidade temporária, querem voltar à função para receber um benefÃcio melhor do que é o pago nos casos de invalidez. E como nem sempre obtêm o que querem, acabam partindo para a violência”, explicou.
Carvalhaes sugeriu que o resultado das perÃcias contendo as conclusões dos peritos seja apresentado posteriormente, via eletrônica ou no balcão, para que o funcionário ajude a evitar o contato direto entre o beneficiário e o médico. “Isso evitará que a insatisfação de alguns resulte em violência”, justificou Carvalhaes. “Enfim, o que queremos são condições técnicas que permitam o trabalho dos peritos médicos”.
O Superior Tribunal de Justiça já julgou preliminarmente a greve da categoria, e a considerou legal. Mas determinou que, pelo menos 50% dos cerca da cinco mil peritos médicos, estejam ocupando seus postos. Isso, segundo Carvalhaes, já vem sendo cumprido.
Fonte: Agência Brasil