Canindé disse que as centrais sindicais são contrárias ao fim do acordo com o governo, que prevê o reajuste do salário mÃnimo pela variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, mais a inflação do ano anterior.
Também o presidente da Central Geral dos Trabalhadores, Antonio Neto, pediu a aprovação de um salário mÃnimo de R$ 560 e a manutenção do acordo das centrais com o governo para reajuste do mÃnimo nos próximos anos. Ele justificou o aumento maior com o argumento de que o salário mÃnimo é um dos principais indutores do crescimento econômico e de distribuição de renda no paÃs.
Para o presidente da Central de Trabalhadores do Brasil, Wagner Gomes, é importante antecipar 3% do crescimento e reajuste do mÃnimo para R$ 560. Segundo ele, o problema do reajuste não é falta de dinheiro, “pois o ministro (Guido Mantega) falou o tempo todo só do acordo”.
Os presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos, e da Nova Central Sindical dos Trabalhadores, José Calixto, defenderam na comissão geral a polÃtica de valorização do salário mÃnimo com aumento maior do que o proposto pelo governo. Calixto argumentou que a economia cresceu, que a renda cresceu e que “agora queremos uma compensação”.
Ele também lembrou que quando da luta para elevar o salário mÃnimo para US$ 100 se argumentava que a Previdência Social quebraria e que as prefeituras não suportariam e que hoje o mÃnimo é de quase US$ 300 e ninguém quebrou.
Para o presidente da CUT, o argumento de que a inflação poderia aumentar com a colocação de mais dinheiro no mercado não faz sentido. Segundo ele, a inflação não é de demanda, “ela vem da mensalidade escolar, do transporte público”. Para ele, o que está em jogo são as polÃticas e os programas de distribuição de renda. “Aumentar o salário mÃnimo é essencial, porque injeta recursos na veia da economia”.
Fonte: Agência Brasil