Em três meses, arrecadação do Município cresce quase R$ 20 mi


Perfomance é resultado da consultoria do INDG, financiada por empresários para arrumar as contas do Município

Medições do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG) - uma consultoria financiada por empresários de Londrina para arrumar as contas da Prefeitura - mostram uma crescente evolução na arrecadação de impostos municipais. A partir da adoção de 153 ações, complementadas por outras 256 e que, no último momento do projeto de 17 meses de consultoria avançarão para mais 500 medidas internas executadas pela Secretaria de Fazenda, em três meses a Prefeitura de Londrina adicionou quase R$ 20 milhões aos impostos municipais – e esperava bater uma meta de R$ 9,3 milhões.

No ano passado, a Prefeitura foi no bolso dos contribuintes para alcançar R$ 454 milhões em impostos. Em 2011, as medidas conjuntas com os consultores do INDG podem subir a arrecadação geral em até 6% - mas no meio do caminho ainda há uma lista enorme de problemas a combater e soluções a implementar.

O sucesso do projeto pode significar, no fim, pelo menos R$ 27 milhões apenas com a adoção de medidas que provocam bocejos em empresários acostumados a controlar receitas e despesas na iniciativa privada. Pouco a pouco, a reformulação de procedimentos de cobrança estimula uma revolução significativa na forma da Prefeitura se relacionar com os contribuintes quando o assunto são impostos municipais como o ISS, IPTU e ITBI, os três principais.

As medidas para garantir o pagamento do ISS de todos que prestam serviços em Londrina são as que mais avançaram – só 7% do que deveria ter sido feito ainda não foi implementado a tempo, segundo o cronograma do INDG. No âmbito do IPTU, o atraso na implementação das ações para aumentar a arrecadação é maior – 24% delas não foram efetivadas ainda - mas na avaliação dos executores as mais de 400 reformulações para cobrar mais das residências serão alcançadas.

Para chegar mais no bolso de quem deve, a Prefeitura de Londrina pretende, ainda em abril, por exemplo, instalar um sistema de call center para dialogar com de maneira sistemática com os contribuintes-devedores. “Não pagou e o tempo passou, o morador de Londrina recebe uma ligação lembrando”, afirma o secretário de Fazenda Lindomar dos Santos, responsável por colocar em prática as ações sugeridas pelo INDG. “A Prefeitura ainda cobra mal. A preocupação é arrumar mais receitas no mesmo passo da diminuição das despesas”, completa o secretário. Na mira, contas de água, telefone, combustível e cafezinho estão, a partir de já, em regime de economia. “Os moradores pagam mais quando notam empenho em cobrar. Precisamos devolver mais obras e serviços. Caso contrário, não há motivo para você continuar pagando o meu salário”, expõe o secretário.

Desde o ano passado, a Fazenda já tomou medidas importantes para reforçar os cofres: reenviou 64 mil cartas com o alerta da falta de pagamento de impostos e investiu no combate a fraudes, principalmente no ITBI. Com uma avaliação mais criteriosa dos imóveis negociados na cidade, a Prefeitura de Londrina descobriu que não são poucos os proprietários que se declaram donos de casas comuns nos papéis enquanto na vida real habitam mansões e apartamentos de luxo. Com um olhar clínico mais apurado, apenas com a observação dos imóveis a arrecadação já estima captar R$ 16 milhões a mais do imposto por ano.

Fonte: Jornal de Londrina