O projeto deve passar por todo o Brasil e Londrina foi escolhida para ser pioneira por possuir funcionários do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Ceres) que participaram da elaboração do protocolo.
O curso contará com cerca de 30 profissionais de todos os hospitais da cidade que trabalham com pacientes com câncer, como Hospital do Câncer, Evangélico e Santa Casa, e funcionários da Vigilância Sanitária e Epidemiologia, tanto do Estado quanto do municÃpio. Eles serão instruÃdos a fazer perguntar sobre o ambiente de trabalho e iniciar estatÃsticas sobre a relação da doença com o emprego.
A coordenadora do Cerest, Claudete Romaniszen informou que mais da metade das doenças de trabalho são câncer e 4% dos pacientes têm a doença por causa das condições ou local onde exercem sua profissão. Na região norte do Paraná, os profissionais em maior situação de vulnerabilidade são os agricultores que são expostos ao sol e à agrotóxicos fortes que podem causar câncer de pele, estômago e pulmão. Também necessitam de especial atenção, os funcionários da construção civil que apresentam casos de câncer de pulmão por causa do pó tóxico de cÃlica.
Duas professoras doutoras do INCA, Fátima Sueli Ribeiro e Helena Beatriz Garbin, estão em Londrina e vão ministrar o curso. Elas esperam sensibilizar os profissionais da saúde para a estreita relação entre câncer e trabalho, que pode ser descoberta com perguntas simples como onde a pessoa trabalha e que profissão exerce.
Fonte: londrina.odiario.com