Festa do trabalhador reune 1,5 milhão e marca compromisso com cidadão


O 1o de Maio Unificado reuniu no último domingo, pela primeira vez, 5 centrais sindicais para comemorar o Dia do Trabalhador em evento que reuniu mais de 1,5 milhão de trabalhadores e foi realizado na Av.Marquês de São Vicente, em São Paulo. Lideranças das centrais sindicais União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical e Nova Central Sindical
dos Trabalhadores (NCST) subiram ao palco para reivindicar as pautas sobre os trabalhadores na administração Dilma Rousseff. Entre as cobranças ressaltadas, a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário, a qualificação e o trabalho decente.

Base do governo e oposição debateram em torno da política econômica da inflação e redução de impostos. A presidente Dilma Rousseff, que não pôde comparecer à festa devido a uma pneumonia, foi representada pelo secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, que leu a carta da presidente, destacando a valorização do salário mínimo, o aumento do emprego e o compromisso do governo no combate à inflação.

O presidente da UGT Nacional, Ricardo Patah, fez referência à economia e a importância de o evento ter criado uma unidade entre as centrais. “Pela primeira vez o 1º de Maio Unificado vai trazer muitas melhorias. É fundamental este ato que estamos desenvolvendo com todas as centrais do Brasil. Não existe no mundo uma unidade tão importante como essa. Eu quero cumprimentar as mulheres do Brasil, que somam mais de 4 milhões de trabalhadoras. O Brasil é das mulheres! Eu tive o prazer de ver nossa presidenta na televisão falando do primeiro de maio e falando do compromisso de tirar o nosso povo da miséria. E um dos itens que ela falou foi sobre educação, qualificação, comprometimento com o povo brasileiro. Nós somos a sétima economia do mundo, mas a nossa distribuição de renda é uma das piores. Só vamos mudar o Brasil com educação e com qualificação”, defendeu.

Patah lembrou do compromisso assinado entre as centrais, o governador de São Paulo, Geraldo Alkimin, e com o secretário do Emprego e Relações do Trabalho e vice-presidente da UGT, Davi Zaia, frente aos moradores de rua. “Com certeza, mais de 3 mil trabalhadores no estado terão a oportunidade de trabalhar. Não podemos nos contentar com o desemprego. Nós estamos vivendo o pleno emprego. Por que o valor do seguro desemprego é maior que o valor gasto com educação no Brasil? Por que? É por isso que nós queremos ratificar a 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), para que nós possamos permitir que os trabalhadores tenham o seu emprego”, defendeu o presidente da UGT, que também levantou a bandeira da redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário e a luta pela educação e cidadania.

O deputado federal e vice-presidente da UGT, Roberto Santiago (PV), após citar a convenção 158 da OIT, ressaltou que as relações com os trabalhadores devem ser dignas. “Não é possível a relação de trabalho no país continuar do jeito que está. Não é possível um trabalhador chegar no seu emprego e ser demitido sem qualquer explicação, sem qualquer justificativa. Carregamos as bandeiras do 1º de Maio para que até o fim do ano consigamos verdadeiras transformações nas relações de trabalho. Viva os trabalhadores, viva o 1º de Maio!”, comemorou.

Fonte: UGT