Barbosa Neto deve depor nesta segunda-feira ao MP de Londrina


O prefeito de Londrina, Barbosa Neto, deve depor nesta segunda-feira (16), às 16h, em seu gabinete, nas investigações da Operação Antissepsia, na condição de testemunha. O caso do Ministério Público analisa irregularidades nas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (oscips) – institutos Atlântico e Gálatas – no pagamento de propinas a agentes públicos e na utilização de notas frias na prestação de contas à prefeitura, a quem prestavam serviços na área da saúde.

Ele já havia marcado uma oitiva para a última quinta-feira (12), mas adiou o compromisso. O prefeito deve dar informações ao promotor de Justiça e coordenador do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Claudio Esteves, e ao delegado do Gaeco, Alan Flore, que podem contribuir nas investigações.

Quem também vai depor pelo Ministério Público nesta segunda-feira (16) é a secretária municipal de Saúde, Ana Oympia Dornellas, também na condição de testemunha. Ela já foi ouvida na quinta-feira (12), mas na sexta-feira (13), seu advogado, Paulo Nolasco, protocolou um pedido para que fosse escutada novamente, com a justificativa de que a secretária teria mais dados para contribuir no esclarecimento dos fatos.

A segunda-feira (16) também é um dia esperado com ansiedade porque a 16ª pessoa – que ainda não teve seu nome divulgado – que era procurada pelo Gaeco na Operação Antissepsia, deve se apresentar à justiça.

Na sexta-feira (13), foram encerradas as oitivas dos 15 presos da operação, acusados de envolvimento no esquema de corrupção. Destes, quatro – o presidente do Atlântico, Bruno Valverde, Thiago César Marcelo, Lucas Modesto e Admílson Monarin – nem chegaram a passar a noite na prisão, por contribuirem com a justiça. Na sexta-feira (13), o presidente do Gálatas, Sílvio Luz Rodrigues, e sua esposa Glaucia Chiararia também foram soltos.

A juíza da 3ª Vara Criminal, Oneide Negrão, decidiu prorrogar a prisão, por mais cinco dias, de nove pessoas, entre elas o ex-procurador jurídico do município, Fidélis Canguçu, e sua esposa Joelma.

Também na sexta-feira (13), o advogado do Instituto Gálatas, André Cunha, confirmou que seus clientes pagaram propinas a agentes públicos para que as parcelas do contrato com a prefeitura fossem liberadas. O presidente do Instituto Atlântico, Bruno Valverde, também disse ter sofrido pressões de agentes públicos para que o pagamento pelos serviços prestados ao município não atrasasse. Nenhum dos dois divulgou nomes dos supostos agentes públicos.

Fonte: londrina.odiario.com