Justiça de Londrina decreta prisão do publicitário Rui Nogueira


Foi decretada na segunda-feira (23) pela juiza da 3ª Vara Criminal de Londrina, Oneide Negrão, a prisão temporária do publicitário Rui Nogueira. E como não houve a prisão dele pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga o caso de desvio de recursos da saúde, ele é considerado foragido da Justiça.

O publicitário é investigado na Operação Antissepsia, que apura as supostas irregularidades nos contratos da Prefeitura de Londrina com os institutos Atlântico e Gálatas, além de desvio de verbas da saúde e o pagamento de propina a agentes públicos

Rui Nogueira foi apontado pelo conselheiro municipal de saúde, Marcos Ratto, como um dos articuladores da vinda do Instituto Atântico para Londrina. O nome do publicitário também foi citado nesta segunda-feira, quando o advogado Vinícius Borba, que defende Bruno Valverde, trouxe um processo ao MP que corre contra a entidade.

O publicitário é proprietário da empresa Sapucaí, de São Paulo (SP), e cobraria na ação R$ 300 mil do Instituto Atlântico por serviços prestados de publidade.

O promotor de Justiça e coordenador do Gaeco em Londrina, Cláudio Esteves, não adiantou o porque da prisão de Rui Nogueira e disse que não era possível detalhar ou indivudualizar a ação de cada investigado na operação. "Enquanto não houver uma conclusão definitiva sobre a investigação estamos evitando tecer comentários a respeito", enfatizou Esteves.

Por volta das 19 horas, policiais do Gaeco chegaram ao MP com mais documentação apreendida. Ainda não há informação sobre onde o mandado de busca e apreensão foi cumprido e nem de quem seriam os documentos.

Inquirições

Os contadores do Instituto Atlântico, André Augusto de Oliveira e David Garcia de Assis, presos pela Operação Antissepsia desde o último dia 10, só serão ouvidos pelo Gaeco nesta quarta-feira (25).

Eles chegaram por volta das 10h40 desta terça e permaneceram no prédio do Ministério Público (MP) por aproximadamente nove horas. "No período em que seriam inqueridos eles estavam recabendo orientações jurídicas de seus advogados", comentou o promotor Esteves.

Prisão domiciliar

O contador Flávio Martins, que teve problemas de saúde e estava internado no Hospital do Coração de Londrina, conseguiu o direito de permanecer preso temporariamente em sua casa até que seu estado de saúde melhore.

De acordo com o advogado Antônio Carlos Martins Filho, Flávio Martins, teria enfartado no último sábado (21).

Segundo o promotor Cláudio Esteves, o depoimento do contador Antônio Carlos Martins, que é irmão de Flávio, pode ser realizado na quarta-feira (25). Ele também teve problemas de saúde e o Gaeco aguarda a liberação médica para que o contador seja ouvido.

Ambos são do município de Bandeirantes (104 km de Londrina) e prestavam serviços aos institutos Atlântico e Gálatas.

Fonte: londrina.odiario.com