Lindomar Mota dos Santos deixou o cargo de secretário de Fazenda de Londrina. A informação foi confirmada, na manhã desta quinta-feira (26), pelo prefeito Barbosa Neto (PDT), durante coletiva de imprensa semanal, no gabinete dele. Procurado pela reportagem do JL, Santos, que teria pedido exoneração do cargo, não quis comentar o assunto. “Não tenho nada a declarar sobre isso”, afirmou, por telefone.

O ex-secretário prestou depoimento ao Grupo Especial de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na terça-feira (24) para dar esclarecimentos sobre a Operação Antissepsia, deflagrada há duas semanas, que chegou até a sede da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). Na ocasião, ele não falou com jornalistas sobre o teor da conversa com os promotores.

Santos foi o primeiro presidente da CMTU na gestão do prefeito Barbosa Neto (PDT). No dia 19, policiais e promotores do Ministério Público cumpriram mandados de busca e apreensão de documentos e computadores na presidência da companhia. Documentos e R$ 29 mil em dinheiro também foram apreendidos na casa do atual presidente da CMTU, André Nadai.

O promotor Cláudio Esteves afirmou, naquele dia, que essa era uma “nova vertente da investigação”. “Um agente público e um representante de Oscip teriam se aliado para comprar uma empresa da área ambiental para que ela prestasse serviços à CMTU”, explicou o promotor.

Ele não confirmou os nomes, mas seriam o ex-procurador Fidélis Canguçu e Bruno Valverde, do Instituto Atlântico. Eles estariam comprando a Sanecon, da área ambiental. A empresa seria comprada por R$ 40 mil, mas o negócio não foi fechado porque os cheques foram sustados.

Nadai afirmou que Canguçu o apresentou a um dos representantes da empresa, que ofereceu um sistema de tratamento de chorume. O MP avalia que a negociação não foi adiante porque a Operação Antissepsia foi deflagrada.

Fonte: Jornal de Londrina