Câmara pretende votar comissões processantes antes do recesso, em Londrina


O presidente da Câmara Municipal de Londrina, Gerson Araújo (PSDB), acredita que os vereadores devem votar as comissões processantes (Cps) contra o prefeito Barbosa Neto (PDT) antes do recesso da Casa, que ocorre no dia 15 de julho. As Cps estão relacionadas às possíveis irregularidades ocorridas durante o curso de formação da Guarda Municipal e o escândalo de desvio de verbas da saúde de Londrina.

O vereador comentou que a Mesa Executiva acatou a recomendação da Procuradoria Jurídica do Legislativo e concedeu prazo de cinco dias para que Barbosa e o ex-secretário de Defesa Social, Benjamin Zanlorenzi, consigam ter acesso ao processo da Guarda Municipal.

O prefeito também teria pedido vistas à cópia da documentação apresentada sobre as irregularidades na contratação dos Institutos Gálatas e Atlântico, que foram investigados pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por pagamento de propina e uso de notas frias. O prefeito poderá analisar em um prazo de cinco dias úteis a cópia da ação de improbidade administrativa proposta pela Promotoria de Defesa ao Patrimônio Púbico em que ele e sua esposa, Ana Laura Lino, são citados.

Araújo disse que após as análises, o prefeito de Londrina terá o prazo de sete dias úteis para emitir sua defesa preliminar. "A intenção é que se vote agora. Mas devido aos prazos concedidos, ainda não temos condição de afirmar a data", comentou.

Os pedidos de comissão processante voltam para a análise da procuradoria e caso sejam aprovados, a Comissão Processante tem 90 dias improrrogáveis para a sua conclusão, incluindo neste tempo a realização de sessão de julgamento pelos vereadores.

A Câmara Municipal já instaurou uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) justamente para investigar os desvios de verbas da saúde. A comissão é presidida pela vereadora Lenir de Assis (PT), e tem como membros os vereadores Sandra Graça (PP) e Padre Roque Neto (PTB). No entanto, a Comissão Processante tem único objetivo de verificar se o agente político é passível ou não de cassação de mandato.

Fonte: londrina.odiario.com