O prefeito Barbosa Neto (PDT) se reservou o direito de ficar calado durante o depoimento sobre possíveis irregularidades no treinamento da Guarda Municipal de Londrina, na manhã desta sexta-feira (22). Segundo o promotor Renato de Lima Castro, o prefeito disse que só falaria em juízo. Ele foi a última pessoa a depor no caso investigado pelo Ministério Público (MP).

Segundo o promotor, agora o trabalho do MP é avaliar se há elementos para a ação ou para o arquivamento do caso. Castro explicou que o objetivo da investigação é apurar se houve irregularidades na contratação da empresa Delmondes & Dias, responsável pelo treinamento da Guarda. “É de conhecimento público e notório que o curso foi ministrado pela Polícia Militar”, declarou.

A empresa foi contratada para dar o curso em maio do ano passado, 49 dias depois da aula inaugural, da qual Barbosa Neto participou. O curso teve 85 dias de duração.

O treinamento da guarda foi objeto de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) aberta pela Câmara Municipal no final do ano passado. O relatório apresentado pela comissão, no começo de junho, foi rejeitado pelo plenário. Ele isentava Barbosa Neto de responsabilidade. Marco Cito e o ex-secretário de Defesa Social Benjamin Zanlorenci foram citados no texto final.

Já o texto elaborado pela relatora, Lenir de Assis (PT), que pedia Comissão Processante contra o prefeito, foi derrotado. A Câmara discute, na volta do recesso, o pedido que originou a CEI, em novembro do ano passado, que era o de abertura de uma CP.

Fonte: Jornal de Londrina