Barbosa descarta exonerar secretários


Prefeito entende que já tomou as medidas necessárias e admite que a substituição de Marco Cito, da Gestão Pública, foi a pedido dos empresários

O prefeito Barbosa Neto (PDT) afirmou ontem que não pretende exonerar o secretário de Governo, Marco Cito, e o presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), André Nadai, conforme defenderam em entrevista à FOLHA empresários que financiam o programa Londrina Competitiva. Eles acreditam que a manutenção dos secretários causa desgaste ao governo municipal.

Para Barbosa, porém, ''um ou outro empresário'' deu essa declaração e ele entende que já tomou as medidas necessárias, pelo menos, quanto a Marco Cito. O prefeito admitiu que exonerou Cito da Secretaria de Gestão Pública (SGP) após a constatação de irregularidades em aditivo ao contrato com a empresa Proguarda, responsável pela limpeza de prédios públicos. A suposta fraude foi descoberta por auditores da Corregedoria-Geral do Município em parceria com técnicos do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), contratado pelo Movimento Londrina Competitiva.

Ontem, o prefeito revelou que, após essa descoberta, houve o pedido de empresários para a substituição do secretário Marco Cito para que deixasse a Secretaria de Gestão Pública. ''Nós acatamos'', revelou o prefeito, preferindo não polemizar com os empresários.

Naquela ocasião, tanto Barbosa quanto Cito garantiram que a saída dele era motivada apenas pela necessidade de o secretário se dedicar apenas às atividades de governo. Em entrevista à FOLHA publicada no início de junho, Cito negou categoricamente que sua saída da SGP tivesse relação com os problemas na Proguarda: ''Se houvesse qualquer irregularidade eu teria sido tirado da Administração e não só da Gestão Pública''.

Sobre Nadai, que foi indiciado por falsidade ideológica ao sonegar imposto na compra de um apartamento, Barbosa voltou a defender sua permanência. ''O crime do André Nadai foi registrar a escritura em valor inferior ao valor pago. Isso é um entendimento entre comprador e vendedor e não afeta os projetos (públicos)'', declarou Barbosa.
Fonte: folhaweb,com.br