Prefeito Barbosa Neto se cala em depoimento no MP sobre aditivo da Proguarda


O prefeito de Londrina, Barbosa Neto (PDT), ficou em silêncio durante o depoimento prestado no início da tarde desta terça-feira (30) à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, em Londrina. O Ministério Público (MP) investiga irregularidades no termo aditivo da empresa Proguarda Administração e Serviço Ltda, de Goiânia, que já prestou serviços de limpeza e de segurança à Prefeitura de Londrina.

A oitiva durou cerca de meia hora e ao sair e se encontrar com a imprensa, ele disse que se reservou ao direito de se manifestar apenas em juízo.

Barbosa Neto negou irregularidades e disse confiar em seus secretários municipais. Ele ainda deferiu críticas ao MP, dizendo acreditar que diante dos processos de investigações, a justiça deva prevalecer.

A investigação do MP começou após uma denúncia anônonima, no dia 14 de junho, dizendo que havia procedimentos ilícitos realizados pela prefeitura. O secretário municipal de Governo Marco Cito, que à época ocupava a pasta de Gestão Pública, depôs à promotoria na terça-feira (23) da semana passada.

O aditivo firmado com a empresa aumentou em 60% os custos dos serviço de limpeza e copa da Prefeitura de Londrina, acumulando quase R$ 2 milhões a mais que o contrato inicial de R$ 8,705 milhões.

Cada funcionário passaria de um salário de R$ 1.500 para R$ 2.500. Outros cinco aditivos já tinham sido liberados à empresa, mas o sexto foi apontado como irregular pelo Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), que prestava consultoria ao municípo, e foi encaminhado para a Controladoria Geral.

Quem também iria depor nesta terça-feira (30) ao MP era o ex-procurador jurídico do município, Fidélis Canguçu. De acordo com informações da rádio Paiquerê AM, ele não compareceu e vai responder, por meio de carta precatória, a um outro promotor na cidade em que reside - Arapongas (37 km de Londrina).

Crise na saúde

O prefeito ainda foi questionado pela imprensa sobre a declaração do secretário Estadual de Saúde, Michele Caputo Neto, que disse a administração municipal maquiava os valores destinados para a saúde de Londrina.

Barbosa Neto rebateu as críticas, afirmando que é o Estado quem possui a prática de maquiar números. Ele citou exemplos de programas e providências sociais que teriam sido colocados em uma única conta. "Aqui isso não acontece", afirmou.

Ele comentou que a previsão orçamentária para o setor em 2012 deve ser de aproximadamente R$ 374 milhões, o que segundo ele, representaria 36% do orçamento total.

Sobre o anúncio da abertura de uma investigação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) sobre a gestão da saúde pública de Londrina, o prefeito disse que o ano eleitoral está próximo. "Todos, é claro, querem seu o seu espaço diante dos holofotes", disparou.

Fonte: londrina.odiario.com