Professores descumprem ordem judicial e mantêm greve


Na Escola Estadual Governador Milton Campos (Estadual Central), localizada no Bairro de Lourdes, Região Sul de Belo Horizonte, pelo menos 50 alunos dos segundo e terceiro anos do Ensino Médio, chegaram à unidade, que não contava com a presença de professores suficientes. O quadro de funcionários mantinha vários substitutos, com os quais os alunos se recusam a ter aula, e mais cinco professores efetivos. Em dias normais, a escola conta com 32 profissionais.

A determinação judicial, expedida na sexta-feira (16) pelo desembargador Roney Oliveira, considerou a paralisação ilegal e o descumprimento da decisão implicaria em uma multa de R$ 20 mil para o primeiro dia de penalidade, acrescidos de R$ 10 mil para cada dia extra de greve, até um teto máximo de R$ 600 mil. Quem deve pagar a conta é o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).

Os alunos se recusaram a ter aulas com os professores substitutos

Em nota divulgada no site, o Sind-UTE afirma que a "a greve não foi julgada ilegal. A decisão do desembargador é pelo retorno imediato, não havendo pronunciamento sobre a legalidade do movimento". A diretora presidente do sindicato, Beatriz Cerqueira, esclarece que o grupo vai recorrer dessa decisão ainda nesta segunda-feira. "Lamentamos o fato de o Ministério Público e do Tribunal de Justiça não terem zelado pelo cumprimento de uma lei e vamos recorrer".

Fonte: Associação do Ministério Público de Minas Gerais