Secretaria de SaĂșde de Londrina confirma existĂȘncia de 14 mil frascos de soro vencidos


Depois da denĂșncia feita pelo deputado estadual, Luiz Eduardo Cheida (PMDB), de que haveria frascos de soro e vacinas vencidos na rede municipal de saĂșde de Londrina, o fato se confirmou. Nesta sexta-feira (23), em entrevista Ă  rĂĄdio CBN, o secretĂĄrio municipal de SaĂșde interino, MĂĄrcio Nishida, confirmou a existĂȘncia de 14 mil frascos de soro com prazo de validade expirado.

"Existe sim essa questĂŁo dos soros vencidos, sĂŁo 14 mil frascos, cerca de sete mil litros, que foram comprados na Ă©poca da pandemia da gripe H1N1 e da dengue em 2009, cerca de 60 mil frascos. Destes, foram consumidos entĂŁo 46 mil frascos, sobrando esses 14 mil que foram vencidos no dia 21 deste mĂȘs corrente de 2011, dois anos depois dessa compra emergencial", explicou.

Ele comentou que a expectativa da secretaria, Ă  Ă©poca, era que seriam utilizados cerca de 5 mil frascos por mĂȘs, mas o nĂșmero caiu para 3 mil. O secretĂĄrio interino contou que serĂĄ aberto um processo administrativo para investigar por que os materiais nĂŁo foram trocados, antes que a data de validade fosse ultrapassada.

A denĂșncia do deputado estadual Cheida foi feita ao MinistĂ©rio PĂșblico na Ășltima terça-feira (20). Ele criticou o prejuĂ­zo aos cofres pĂșblicos de R$ 64 mil pela compra, colocando o pagamento de R$ 4 por unidade. Nishida confirmou a perda do dinheiro, mas disse que o prejuĂ­zo foi menor, pois o preço da aquisição de cada soro foi de R$ 2,27, chegando a quase R$ 30 mil.

Como a denĂșncia foi encaminhada ao MinistĂ©rio PĂșblico, o promotor de Defesa da SaĂșde PĂșblica, Paulo Tavares, de acordo com dados levantados pela rĂĄdio CBN, jĂĄ comprovou a existĂȘncia dos produtos vencidos. Ele prepara um ofĂ­cio, que serĂĄ enviado em carĂĄter de urgĂȘncia Ă  Secretaria Municipal de SaĂșde para questionar a quantia de soro e de quanto teria sido o prejuĂ­zo.

Como a compra do material envolve dinheiro pĂșblico e o vencimento caracteriza um prejuĂ­zo ao erĂĄrio, o caso tambĂ©m serĂĄ encaminhado para anĂĄlise da Promotoria de Defesa do PatrimĂŽnio PĂșblico.

Fonte: londrina.odiario.com