O secretário municipal de Obras e Pavimentação de Londrina, Aguinaldo Rosa, pediu exoneração do cargo na noite de sexta-feira (30). Ele esteve reunido com o prefeito Barbosa Neto (PDT) e pediu para deixar de ocupar a pasta a partir de segunda-feira (3).

Rosa negou que o motivo da demissão tenha sido os problemas no asfalto do Autodromo Internacional Ayrton Senna, que derreteram às vésperas da realização da Stock Car, que ocorre neste domingo (2). "Não tem absolutamente a ver com isso. Nós temos dois engenheiros, laboratorista e um projeto de qualidade. Pode pegar qualquer mostra da malha asfáltica e levar para análise em um laboratório", disse.

Ele reconheceu que as obras na pista deveriam ter sido realizadas com um tempo maior antes das provas, mas alegou que o trabalho na iniciativa pública é mais lento e passa por dificuldades. "Não estou na iniciativa privada. Estamos com um problema específico, num ponto de curva. Mas são mais de 40 metros quadrados de pista", comentou.

Aguinaldo Rosa ainda contou que foram diversos problemas o levaram a tomar a decisão. "Foi somando um monte de coisas, mas não vou falar sobre isso agora", comentou. Ele disse que não quer mais ser o secretário, mas que poderá, eventualmente, prestar serviços à prefeitura.

"Não tenho nada contra o Barbosa, inclusive ele sempre me apoiou muito. Fui chamado para cuidar de vários setores, como a Usina de Asfalto, um dos maiores problemas da cidade, a questão dos buracos. Não fujo das minhas responsabilidades", afirmou.

Onze pessoas deixaram a administração municipal de Londrina ou foram dispensados pelo prefeito Barbosa Neto (PDT) neste ano. Entre eles, o ex-procurador jurídico Fidélis Canguçu - preso na Operação Antissepsia -; o de Fazenda, Lindomar Mota dos Santos; de Gestão Pública, Marco Cito e depois Cléberson Cândido; o ex-presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel) e vice-prefeito José Joaquim Ribeiro; Planejamento, Fábio Góes; do Governo, Kentaro Takahara e, depois, Telma Tomioto Terra; a chefia de Gabinete, com Alysson Tobias Lemos de Carvalho; a presidência da Sercomtel, com Fernando Kireeff.

A última a pedir demissão da Prefeitura de Londrina foi a servidora Ana Olympia Dornellas, que ocupava o cargo de secretária municipal de Saúde. Ela ocupou o cargo por nove meses, substituindo Agajan Der Bedrossian. Quem assumiu a pasta foi o diretor executivo, Márcio Nishida.

Fonte: londrina.odiario.com