COPEL SERÃ DENUNCIADA NO MPT E NA OIT


O coletivo sindical dos trabalhadores na Copel (formada por 12 sindicatos), vai encaminhar ao MPT-Ministério Público do Trabalho e a OIT-Organização Internacional do Trabalho, denúncia-crime contra essa companhia paranaense de eletricidade por práticas antissindicais. A decisão foi tomada após a divulgação de um vídeo institucional da Copel falando sobre a campanha salarial 2011.

 

A campanha salarial dos trabalhadores eletricitários neste ano foi marcada pela posição da Copel de manter distanciamento dos sindicatos e disponibilizou apenas dois dias para negociação da pauta dos trabalhadores com os dirigentes sindicais. Para tumultuar e confundir os trabalhadores um vídeo foi produzido e encaminhado, por email, ainda durante o período de negociações sindicais a cada empregado declarando que era inútil recusar a proposta da empresa nas assembleias, e fazendo acusações às entidades sindicais e diretores anteriores da Copel.

 

Para o presidente do Sindenel (Sindicato dos Eletricitários de Curitiba) e diretor da UGT-PARANÃ, Alexandre Donizete Martins, “entendemos que no atual nível das relações entre sindicatos e empresas não cabe mais manifestações patronais coercitivas e intimidatórias aos trabalhadores que visem impedir a manifestação espontânea e democrática dos trabalhadores nas decisões que afetam sua vida profissional."

 

O  presidente do Sildelpar, (Sindicato dos Eletricitários do Paraná)  e diretor da UGT-PARANÃ, Paulo Sérgio dos Santos, classificou a atitude da empresa de anacrônica e inaceitável. Atitudes como estas têm a clara intenção de tumultuar o relacionamento entre empregados, sindicatos e Copel. Além de uma extrapolação de autoridade e abuso de poder, o que vimos não só no vídeo como durante todo o processo de negociação, é um atitude de desprezo em relação aos trabalhadores, que são quem faz a Copel ser a empresa forte que é. Lutaremos pelos direitos dos trabalhadores, e exigimos respeito aos empregados da Copel”.

 

Na opinião do presidente do Sintec ( Sindicato dos Técnicos Industriais do Paraná) e diretor da UGT-PARANÃ, Solomar Rockembach, “é inadmissível para nós sindicalistas que primamos por relações de trabalho modernas, vermos práticas antissindicais como essa da Copel. A forma retrógrada de negociação dessa companhia paranaense mostra que nós trabalhadores avançamos, e muito, nas questões negociais, enquanto alguns patrões -como é o caso da COPEL- se mantém no obscurantismo, desconhecendo os avanços trabalhistas do Século XXI”.

 

O coletivo dos sindicatos de trabalhadores enviou uma nota oficial à imprensa destacando o link onde a diretora da Copel faz suas declarações.

 

Link para o vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=i0Sksh7dviI


Assinam:

 

Coletivo Sindical dos Empregados da Copel e Coletivo Sindical Majoritário dos Empregados da Copel

 

Sindelpar – Sindel – Sintec/PR – Senge/PR– Siemcel – Steem - Stiecp – Sindenel – Sindespar – Sintespar – Sinel – Sinefi