Servidores da UEL podem parar atividades na segunda-feira em Londrina


Os servidores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) podem parar suas atividades na próxima segunda-feira (5). Eles reclamam das condições precárias de trabalho em diferentes postos, assim como reivindicam o voto igualitário nas eleições para a reitoria e corpo administrativo da instituição de 2014.

O presidente do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da UEL (Assuel), Marcelo Alves Seabra, explicou nesta quinta-feira (1º) que muitos funcionários estão sendo expostos à péssimas condições trabalhistas.

Para se ter uma ideia, segundo ele, somente no Restaurante Universitário (RU) são oito servidores afastados. Já na Lavanderia do Hospital Universitário (HU) os servidores tiveram o adicional de insalubridade cortado de seus salários em outubro. "A lavanderia é um ambiente notadamente insalubre, uma vez que ali são levados diversos materiais do hospital", declarou.

A sexta-feira (2) será marcada por duas assembleias da categoria. Uma às 8h no campus da universidade e outra às 10h, no anfiteatro do Hemocentro do HU. "Nós já tentamos contato com a administração tendo em vista a situação dos trabalhadores. Mas não nos retornaram, mesmo com os ofícios e conversas coma reitora, não houve ação prática para solucionar o problema", afirmou.

Segundo ele, a deliberação dos encontros deve culminar para a paralisação dos servidores. No mesmo dia ocorre também a reunião do Conselho Universitário sobre as propostas para normatizar o Regimento Eleitoral das eleições de 2014 da instituição. De acordo com o presidente da Assuel, há uma proposta de mudança no sistema de votação. "Estaremos de vigília", disse.

Atualmente, servidores, professores e alunos têm a mesma porcentagem de votos, um sistema conhecido como paritário. Seabra explica que a mudança pode alterar de forma significativa, prejudicando a categoria e os estudantes. "A proposta é que os professores tenham 70% dos votos, sendo 15% para alunos e 15% para os demais funcionários. Se somados, os votos não computam nem a metade dos professores. É desigual", afirmou.

Mesmo com a paralisação na segunda-feira, os trabalhos serão retomados no dia seguinte. "A intenção é parar só um dia. Uma paralisação de advertência ao que está acontecendo com a classe", comentou.

O presidente da Assuel não soube precisar quantos dos 3.600 servidores deveriam aderir ao movimento, mas destacou que não haverá funcionamento do RU, além de restrição na cozinha do Hospital Universitário. "Os pacientes precisam ser atendidos", explicou.

Fonte: londrina.odiario.com