Vereador Gerson Araújo quer que votação de CP contra prefeito de Londrina vá a plenária


O presidente da Câmara Municipal de Londrina, Gerson Araújo (PSDB) quer que a decisão sobre a abertura da Comissão Processante (CP) contra o prefeito Barbosa Neto (PDT) no caso de irregularidades na saúde seja discutida em plenária. Apesar de seu posicionamento, o assunto ainda tem que passar pelo crivo dos outros quatro vereadores que compõem a Mesa Executiva da Casa. Eles se reúnem na manhã desta terça-feira (13) para definir o futuro da investigação.

Araújo defendeu nesta segunda-feira (12) que a decisão deve ser tomada por todos os vereadores que compõem o legislativo. "Essa discussão é técnica, mas o plenário terá possibilidade de analisar seu mérito", avaliou. De acordo com ele, a decisão de uma abertura de investigação contra o prefeito precisa ser diluída com os demais parlamentares.

A Mesa Executiva se reuniu na última semana, mas não conseguiu chegar a um acordo sobre a abertura da CP. O vereador Rony Alves (PTB) protocolou um requerimento sobre a viabilidade do voto do vereador José Roque Neto (PR). Além de compor a Mesa Executiva, Roque Neto integrou a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apurou o caso.

O parecer da assessoria jurídica da Casa sobre o direito de voto de Roque Neto só será divulgado nesta terça-feira, às 11h, quando a Mesa se reúne para definir a situação. O encontro estava agendado para às 10h, mas foi adiado por uma hora.

O advogado do prefeito, João Gomes Filho, havia pedido vistas do requerimento de Rony Alves, mas retirou a solicitação na última sexta-feira (9). Com isso, segundo Gerson Araújo, a defesa de Barbosa Neto não terá que apresentar nenhuma manifestação sobre o caso.

"Na prática não muda nada. Vamos discutir a CP com o nosso jurídico. Ainda não tenho ideia do desfecho, mas o voto dele (Roque Neto) é fundametal, uma vez que pode definir tudo", afirmou o presidente da Câmara.

A Mesa Executiva é composta por três vereadores da base governista: Roberto Fu (PDT), José Roque Neto (PR) e Sebastião dos Metalúrgicos (PDT). Já a oposição conta com apenas dois integrantes, o presidente da Casa e Rony Alves.

O caso de irregularidades na Saúde foi descoberto em maio, após o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrar a Operação Antissepsia. Os instituto Gálatas e Atlântico, contratados pelo município para prestar serviços à saúde, teriam desviado recursos do setor e corrompido agentes públicos e desvios de dinheiro da saúde.

O prefeito de Londrina e sua esposa, Ana Laura Lino, são acusados de terem recebido dinheiro para favorecer a contratação de uma das entidades, a Atlântico.

Fonte: londrina.odiario.com