Mais de mil professores estaduais devem participar de protesto na quinta-feira em Londrina


Cerca de 1.200 professores estaduais em Londrina participam nesta quinta-feira (9), segundo dia do ano letivo de 2012, de um protesto reivindicando melhorias para os servidores. Os docentes querem a implantação de 33% da carga horária atividade, melhora do sistema de saúde e carreira do servidor e correção do salário com base no piso nacional.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (APP) em Londrina, Antônio Marcos Gonçalves, serão realizadas aulas de apenas 30 minutos. O protesto ainda vai atingir o Centro da cidade, pois os professores farão uma mobilização no Calçadão, em frente ao Cine Teatro Ouro Verde.

"Não sei se dará para todos os professores irem até o Centro, mas só o fato de fazer os 30 minutos das aulas já é um protesto válido", declarou Gonçalves. A organização da categoria faz parte da campanha "A Educação tem pressa: 33% de hora-atividade já".

O sindicalista ainda comentou que o secretário de Educação do Paraná, Flávio Arns, que estesve em Londrina para uma série de atividades, teria dito em encontros nas escolas da cidade que seria concedido inicialmente 5% dos 33% almejados pela categoria. "Mas não houve uma proposta formal, concreta. Não foi falado em datas. Ele não fez uma proposta mais objetiva", informou.

Arns teria destacado que era preciso conversar com o governador Beto Richa (PSDB) para então propor algo concreto aos professores. O presidente da APP ainda colocou que o parcelamento dos índices seria até que razoável, embora a categoria peça imediatismo nas melhorias.

Os professores já se organizam para novos protestos. No dia 16 a mobilização será em Curitiba, quando acontece um seminário para debater a questão do piso salarial da categoria. A discussão, segundo Gonçalves, não implicará no calendário de aula dos alunos.

Após um mês, no dia 15 de março, está prevista nova paralisação. Desta vez, nenhum dos estudantes da rede estadual terá atividades. "Faz parte de uma chamada nacional. Vai ser uma paralisação grande", afirmou. A intenção é tratar da questão da implantação da lei do piso do professor, além do investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação.

Fonte: londrina.odiario.com