O PMN protocolou ontem, na Câmara de Vereadores de Londrina, um novo pedido de Comissão Processante (CP) que pode resultar na cassação do mandato do prefeito Barbosa Neto. A base da denúncia é o relatório com as supostas irregularidades, investigadas na própria Câmara no ano, envolvendo a empresa Centronic, a prefeitura e a Rádio Brasil Sul, de propriedade da família de Barbosa. O pedido anterior acabou rejeitado, na segunda-feira, quando o documento do PMN foi arquivado por não preencher requisitos formais exigidos. “Agora fizemos o pedido da forma correta”, declarou Benjamin Zanlorenci, membro do PMN e ex-secretário de Defesa Social de Barbosa. “O relatório foi perfeito, investigou a fundo e chegou a hora de quem deve se defender. É a chance de sabermos o que há por trás de tudo isso”, disse.

O relatório da Centronic encontrou provas materiais de que os dois vigias que trabalhavam na rádio foram pagos com recursos públicos. Na investigação, os vereadores descobriram também que, além dos dois vigias da rádio, quase todo o quadro de funcionários da Centronic trazia nos holerites a inscrição “Prefeitura de Londrina”. A fraude, segundo a investigação, visava esconder o fato de que a empresa não tinha vigilantes no número previsto em contrato. Assim, os funcionários do escritório da empresa eram contabilizados como seguranças para a Prefeitura, no intuito de receber os pagamentos. “Se a CP for aberta, muito mais pode aparecer”, afirma Zanlorenci, que contou ter começado a investigar a Centronic em 2009. “Naquele ano constatamos as fraudes, apuramos tudo e levamos ao prefeito. A única coisa que aconteceu de diferente depois disso foi a minha exoneração da secretaria”.

O prefeito nega os fatos do relatório e alega que quebrou o contrato com a Centronic.O secretário de Governo, Marco Cito, não foi localizado para comentar o novo pedido.

Fonte: Jornal de Londrina