Professores de universidades estaduais vão parar no dia 7


Categorias não descartam possibilidade de greve geral a partir de 14 de março

Os docentes e técnicos das principais universidades estaduais do Paraná aprovaram em assembleias, a realização de uma paralisação para o próximo dia 7 de março. Além da Universidade Estadual de Londrina (UEL), os sindicatos da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e Universidade Estadual do Oeste (Unioeste) já aderiram ao calendário de mobilização. Conforme o andamento das negociações, também existe a possibilidade de greve geral a partir do dia 14.

Os professores exigem a equiparação salarial com os técnicos administrativos do Estado, que têm a mesma formação. Enquanto um técnico auxiliar recebe hoje R$ 2.382,77, um professor auxiliar ganha R$ 1.808,82. Outra reivindicação a ser abordada entre o governo e os sindicatos da categoria é a revisão dos cortes dos recursos para custeio das universidades, estabelecidos no início deste ano. Os técnicos-administrativos ainda cobram a abertura de uma negociação sobre a implantação de um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS).

A mobilização, segundo a categoria, vai ocorrer porque segundo eles o governo estadual ''voltou atrás'' em uma proposta apresentada em novembro de 2011. Segundo os sindicatos, ela garantiria um reajuste salarial para os docentes de 31,72%, mais a reposição inflacionária. O valor seria pago em três parcelas, em 2012, 2013 e 2014. Além disso, o governo teria se comprometido a iniciar a negociação com os técnicos-administrativos.

''A proposta foi aceita em assembleias realizadas pelos sindicatos. Entretanto, no último dia 3, os sindicatos foram chamados e o governo avisou que não ia cumprir com a contraproposta que tinham feito. Isso é um absurdo, não cumpriram com o que havia sido acordado'', destacou Nilson Magagnin Filho, presidente do Sindicato dos Professores de Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região (Sindiprol/Aduel).

''Queremos que o governo cumpra com aquilo que ficou determinado no ano passado. No caso dos técnicos, estávamos aguardando o ínicio das negociações para uma possível implantação de um PCSS. Como houve esta mudança de postura, a mobilização já foi marcada em assembleia'', completou Marcelo Alves Seabra, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Técnicos-Administrativos da UEL.

De acordo com a reitora Nádina Aparecida Moreno a reitoria quer se tornar uma agente facilitadora nessa negociação. Ela disse que espera que a negociação seja realizada da maneira mais rápida possível e que se limite a esse dia de paralisação e que não haja a necessidade de uma greve.

Ontem, em protesto pela falta de negociação com o governo, os docentes e técnicos da Unioeste fizeram uma paralisação. Cerca de 9 mil alunos dos cinco campi da universidade - em Cascavel, Foz do Iguaçu, Toledo, Marechal Cândido Rondon e Francisco Beltrao - ficaram sem aulas. Segundo a presidente do Sindicato dos Docentes e Técnicos da Unioeste (Sinteoeste), Francismary Guimarães Nogueira, o objetivo é ''forçar e sensibilizar que o governo retome as negociações''.

A assessoria de imprensa do governo do Estado informou que o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Alípio Santos Leal Neto, só vai se pronunciar sobre o assunto hoje.(Colaborou Vítor Ogawa/Reportagem Local)

Fonte: Folha de Londria - www.folhaweb.com.br