TRT adia rebaixamento de funcionários da CMTU em Londrina


O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) acatou uma medida cautelar impetrada pela CMTU e suspendeu a ordem de rebaixamento para 120 funcionários da autarquia.

São funcionários operacionais e administrativos que ocupam funções de nível superior àquelas para as quais foram admitidos nos últimos anos.

Entre eles está a diretora financeira da CMTU, Cristiane Hasegawa, que é esposa do presidente André Nadai. Ela foi aprovada em concurso público para cargo de nível médio e ocupa funcão de nível superior. Outro caso refere-se ao assessor de imprensa da autarquia que entrou como funcionário de nível Fundamental e, hoje, ocupa cargo que exige diploma universitário.

Segundo o presidente da CMTU André Nadai, estas alterações ocorreram até 2006 devido à extinção da Frente de Trabalho em 1999.

"Para manter a rotina de serviços, a empresa necessitou reaproveitar seus funcionários em cargos diferentes e isto gerou uma série de ações trabalhistas. Para diminui-las, foram realizados três Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCs) que alcançaram seus objetivos em 1999, 2004 e 2006 ao regulamentarem as equiparações do passado", explicou.

Uma denúncia levada ao Ministério Público do Trabalho, em 2008, gerou a ordem do rebaixamento que deveria ter sido cumprido até o último dia 15.

Ainda de acordo com Nadai, ele espera que o TRT reforme sua decisão e mantenha os funcionários em seus cargos. Ele alega segurança jurídica da Companhia e a manutenção de serviços essenciais à população.

"Rebaixando o funcionário de cargo e reduzindo o seu salário correríamos o risco de nova ação trabalhista. Rebaixando o funcionário de cargo e mantendo seu salário correríamos o risco de ação trabalhista movida por outro funcionário exigindo equiparação salarial. É uma situação semelhante ao que aconteceu na UEL no passado. Esperamos que a Justiça entenda que é menos pior deixar as coisas como estão do que mudá-las agora", opinou.

Fonte: londrina.odiario.com