O presidente do sindicato, André Luiz Gutierrez, adiantou que os valores ficaram longe do pleiteado, não contemplando a classe de base. O sindicato alega que foi criada uma tabela para os escalões mais baixos, que desestimula policiais que iniciam a carreira, e outra para os delegados – no caso dos delegados, a tabela sugerida foi atendida pelo governo.
O sindicato reivindica que um investigador de quinta classe inicie na corporação com salário de aproximadamente R$ 5.750. O subsÃdio inicial proposto pelo governo é R$ 4.020, podendo, de acordo com a tabela e com o passar do tempo, alcançar um subsÃdio de R$ 8.196, levando em conta promoções e progressões ao longo da carreira. A PolÃcia Civil chegou a decidir pelo indicativo de greve, mas foi obrigada a cancelar o movimento, considerado ilegal pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR).
Já a PolÃcia Militar descarta completamente um possÃvel movimento grevista. “Queremos manter a situação numa legalidade absoluta. Até parece que o governo, ao não negociar, incentiva para que isso aconteça. A greve penaliza a sociedade e nós somos responsáveis por protegê-la”, disse à Agência Brasil o presidente da Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares (Amai), coronel Elizeu Furquim.
Os pisos apresentados pelo governo para a categoria estão muito distantes do que foi reivindicado, na avaliação dos policiais. Para um policial militar que ingressa na corporação, o subsÃdio inicial proposto pelo governo foi R$ 3.225,00, que, com o tempo, poderá chegar a R$ 4.838, caso não haja promoção para postos superiores (cabo, sargento, subtenente).
O maior posto da PolÃcia Militar, que é o de coronel, terá um valor de subsÃdio que varia entre R$ 14.354 e R$ 21.531, conforme o tempo de serviço. A reivindicação é a de que o soldado ingresse já ganhando R$ 4,5 mil. “Acumulamos perdas desde 1999 e, agora, chegou a hora de sermos tratados com respeito. Queremos valorizar os cargos mais baixos”, ressaltou o coronel. É preciso, segundo os policiais, também avançar nos Ãndices de reajuste para os cargos intermediários.
Fonte: Agência Brasil