Governo pede prazo para apresentar nova proposta a professores


Docentes das universidades estaduais do Paraná querem equiparação do piso salarial com o dos técnicos de nível superior

O Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Neto, pediu prazo até o dia 20 deste mês para apresentar uma proposta de equiparação salarial aos professores das universidades estaduais. A reunião entre representantes do governo do Paraná e do Sindicato dos Professores do Ensino Superior Estadual de Londrina (Sindiprol/Aduel) foi realizada na manhã desta quarta-feira (7), data em que os docentes realizaram uma paralisação.

“Vamos repassar isso para a categoria, mas a tendência é que esperemos até o dia 20. Não sei se o governo vai repetir a proposta”, disse o presidente do Sindiprol/Aduel, Nilson Magagnin.

Nesta manhã, a manifestação de professores e técnicos da Universidade Estadual de Londrina (UEL) complicou o trânsito em todas as entyradas da Universidade.

Manifestação

O diretor-tesoureiro do Sindicato dos Professores do Ensino Superior Estadual de Londrina (Sindiprol/Aduel), Sinival Osório Pitaguari, contou que um piquete organizado pelos técnicos acabou atrapalhando as ações dos professores, que pretendiam percorrer o campus no início desta manhã. Ao meio-dia todos os manifestantes se reuniram em frente à reitoria. A mobilização estava prevista para durar o dia todo.

Os professores querem que o governo do Paraná cumpra a promessa, feita no final do ano passado, de encaminhar à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) o projeto de lei que equipara o piso salarial dos professores com o dos técnicos de nível superior.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos da Universidade Estadual de Londrina (Assuel), Marcelo Alves Seabra, disse que a manifestação dos técnicos é para negociar com o governo o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da categoria.

Segundo ele, o Ministério Público (MP) entrou com uma ação de inconstitucionalidade contra dois artigos do plano que se referem à progressão da carreira dos funcionários. Ele contou que estão esboçando um novo projeto, mas o governo estadual não demonstrou interesse em negociar.

Estudantes também participaram

O diretor-tesoureiro do Sindiprol/Aduel, informou que o Diretório Central dos Estudantes (DCE) “engrossou” o movimento nesta manhã. “O governo cortou para um quarto as verbas de custeio que repassava às universidades. Os alunos foram prejudicados. Bolsas de projetos de ensino, pesquisa e extensão foram cortadas parcialmente”, explicou. O valor da refeição no RU também poderá sofrer aumento, segundo ele.

Paralisação

Na região de Londrina, mais de 2,3 mil professores devem participar da paralisação, sendo 1,6 mil só da UEL e o restante da Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana (Fecea) e da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp).

A proposta do governo estadual era de conceder reajuste de 9,62% acima da inflação de 2012 a 2014, para que os salários fossem igualados. A medida seria implementada no primeiro semestre deste ano, mas, quando foi para votação na Assembleia, o governo recuou e a retirou de pauta, alegando a existência de “problemas técnicos”.

De acordo com o Sindiprol/Aduel, a diferença de salário de professores e de técnicos é de 31%. O sindicato não descartou a possibilidade de greve.

Fonte: Jornal de Londrina