Sedentarismo e estresse aumentam chances de obter LER


Bancários, jornalistas, secretárias, caixa, digitador, operador de telemarketing, profissionais da construção civil, setor industrial, linhas de produção, e tantas outras profissões que exigem movimentos repetitivos, podem prejudicar a saúde do trabalhador. As lesões por esforços repetitivos (LER) vêm crescendo consideravelmente em todo o mundo. O resultado é o afastamento do trabalho. É comprovado que o sedentarismo e o estresse contribuem para o surgimento da doença. Uma pesquisa recente feita pelo Sindicato dos Bancários e Funcionários de São Paulo, Osasco e região apontou que 84% dos trabalhadores tiveram algum problema de saúde com frequência acima do normal e o estresse ocupou o primeiro lugar na lista (65%). "O estresse profissional pode acelerar as lesões, porém, a postura inadequada e repetição sem pausas são os grandes vilões do aparecimento da LER", esclarece o ortopedista do Orthomed Center, Leandro Gomide.

Pessoas que trabalham sob pressão, que exercem uma única tarefa de forma repetitiva, a exemplo dos da linha de produção, trabalham por horas prolongadas de trabalho, com frequente realização de horas extras, que não fazem pausas, trabalham em locais frios, mal ventilados e com ruídos, ou que fazem uso de cadeiras, mesas inadequadas são mais propícios a desenvolver a LER.

O ortopedista explica que, devido à síndrome afetar diretamente o sistema músculo-esquelético, os sintomas da LER/Dort aparecem com dor crônica, fadiga muscular e formigamento (parestesia) nos ombros e pescoço. "Para evitar o surgimento da doença, as pessoas precisam se atentar à postura no trabalho, fazer pausas para se alongar, tomar cuidado com o tempo em que permanece na atividade repetitiva, gostar do que faz. Além disso é preciso fortalecer a musculatura fazendo atividade física que utiliza os braços", orienta Gomide.

Fonte: Mulheres Mais