Comissão Processante tem dia de definição na Câmara


A Comissão Processante (CP) da Centronic, aprovada na Câmara de Vereadores de Londrina na última semana por unanimidade, deve ser instalada oficialmente entre hoje e amanhã e terá cinco dias úteis para começar os trabalhos. A indefinição da data ainda permanece por conta do pedido de suspeição de dois dos membros sorteados para compor a comissão - Rodrigo Gouvêa (PTC), nomeado como membro, e José Roque Neto (PR), relator - protocolado na Casa por Joel Garcia (PP). 

Segundo o presidente da CP, Roberto Kanashiro (PSDB), a nomeação dos membros é feita oficialmente através de portaria, que deve ser publicada pela Câmara. ''Se não houver mudanças nos membros, a portaria é feita amanhã (hoje) mesmo e podemos começar os trabalhos. Se houver nova votação só podemos publicar na quinta-feira'', explicou. Garcia pediu a suspeição porque Gouvêa teve a mãe nomeada como secretária municipal do Idoso em janeiro e Padre Roque participou de decisões a respeito de contratos da Centronic quando esteve à frente do Executivo, em 2009. Para saber se há necessidade de nova votação os vereadores esperam um parecer da procuradoria jurídica da Câmara. 

A CP foi aprovada após a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Centronic ter afirmado no relatório final que dois vigias da empresa de segurança que eram pagos com dinheiro público trabalhavam na rádio particular do prefeito Barbosa Neto (PDT). A comissão terá 90 dias improrrogáveis para decidir se o chefe do Executivo deve ou sofrer processo de cassação por conta da irregularidade. ''Estamos fazendo um calendário para conseguirmos terminar os trabalhos. A assessoria já está organizando documentos e vamos pedir defesa prévia do prefeito. Vamos fazer um trabalho isento, sendo esse dois vereadores ou outros dois'', finalizou Kanashiro. 

Pedido de afastamento 

O pedido de afastamento do prefeito por conta da abertura da CP também deve ser votado hoje à tarde na Câmara. O pedido foi protocolado na semana passado após a prisão de Marcos Cito e do empresário Ludovico Bonato, suspeitos de integrarem suposto esquema de suborno entre vereadores para beneficiar Barbosa Neto.

Fonte: Folha de Londrina