Coletores de lixo e varredores decidem pelo fim da greve


A greve dos 300 trabalhadores da limpeza pública de Londrina vinculados à empresa MM terminou no início da tarde desta terça-feira (29). A reinvindicação dos trabalhadores era baseada no reajuste de 15% no piso salarial da categoria. A greve tinha sido decidida em uma assembleia realizada pela manhã, mas foi cancelada após a empresa atender as solicitações dos trabalhadores. O serviço de coleta de lixo domiciliar e varrição de ruas volta ao normal na quarta (30).
O reajuste no vale-refeição dos trabalhadores também foi atendido pela MM, e agora eles vão ter um aumento de 5% no benefício. Atualmente, a remuneração de um coletor é de R$ 756 e do varredor R$ 604.
A presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco), Izabel Aparecida de Souza, comemorou a decisão. "Nossa meta era os 15% de aumento no salário. Assim que a MM concordou, nós decidimos encerrar a greve. Os serviços vão voltar ao normal amanhã [quarta], já que hoje não há mais condições de retomar os trabalhos".
Para o diretor de operações da MM, Raimundo Paiva, a volta ao trabalho deve ser imediata. "Nós atendemos as reinvindicações dos trabalhadores. Fizemos a proposta de reajuste de 15% no salário e eles aceitaram. Não há porque não voltar imediatamente ao trabalho", declarou. Segundo ele, as regiões Norte e Leste foram as mais afetadas com a paralisação. "A nossa escala de trabalho de terça e quinta prevê o atendimento dessas regiões. Mas já a partir de hoje os coletores vão voltar a trabalhar nestes setores para normalizar o serviço", explicou Paiva. De acordo com o diretor, o atendimento estará regularizado já a partir da próxima quinta (31).
Paralisação
A penúltima paralisação da categoria foi em 2010 e teve duração de dois dias. A MM tem um contrato emergencial com a Prefeitura de Londrina no valor de R$ 6,8 milhões a cada seis meses. O processo de licitação para a coleta de lixo, avaliado em R$ 121 milhões, foi suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Fonte: Jornal de Londrina