Planejamento quer corte de ponto; contraproposta é adiada


A Condsef quer a paridade de mensalidades de cerca de 500 mil funcionários federais de nível superior, de 18 setores. Ministério do Planejamento quer descontos nos salários referentes a dias paralisados por greves.

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão está orientando o Palácio do Planalto a cortar o ponto dos servidores públicos federais em greve. A recomendação está em um comunicado, transmitido a todos os setores do Governo Federal.

Publicado no site do ministério, o documento "orienta pelo corte de ponto e registro na folha de pagamento referente aos dias parados dos servidores do Poder Executivo Federal, por participação em paralisações e/ou greves".


Ao mesmo tempo, a pasta adiou para a próxima sexta-feira, 17, a contraproposta à reivindicação da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) para a equiparação de salários.


A entidade quer a paridade de mensalidades de cerca de 500 mil funcionários de nível superior, de 18 setores, enquadrados no Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) aos projetos de carreiras contemplados pela Lei 12.277.


A legislação trata dos rendimentos de funcionários do Ministério das Relações Exteriores (MRE), da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), das Forças Armadas, do Sistema Único de Saúde (SUS) e outros.


Os trabalhadores pedem a equiparação de carreiras para repor perdas salarias e melhorar as condições de trabalho. Atualmente, as profissões de nível superior do PGPE têm rendimentos que variam entre R$ 3.225,42 e R$ 5.650,00. Caso sejam enquadrados na Lei 12.277, os salários passarão a ter piso de R$ 5.460 e teto de R$ 10.209.


Ontem, o ministério recebeu em Brasília representantes da Condsef para uma reunião sobre o tema, porém sem conclusão. Aproximadamente há dois meses, mais de 30 setores do funcionalismo público estão paralisados.


De acordo com a assessoria do ministério, o impacto orçamentário da proposta da confederação será avaliado. A pasta pretende fazer uma contraproposta na próxima reunião.

Fonte:  agências de notícias