Sem muro há mais de um ano, alunos de Londrina convivem com insegurança


Mais de um ano depois, parte da destruição causada pelas fortes chuvas de outubro de 2011 ainda não foi recuperada em Londrina. Na época, o então prefeito Barbosa Neto (PDT) decretou situação de emergência, após ter chovido em apenas um dia o total esperado para um mês na cidade. Pontes foram arrastadas, casas atingidas e vários muros foram derrubados. Entre eles, o muro que cercava a Escola Municipal Luiz Marques Castelo, no Distrito de Espírito Santo, zona rural de Londrina.
Em 12 de junho deste ano, uma cerimônia solene com a participação do então ministro do Trabalho, Carlos Lupi, foi organizada para a assinatura da ordem de serviço das obras de reparo. Barbosa Neto autorizou a reconstrução do muro, da calçada de passeio, além de um muro de arrimo e rampas de acesso para a escola. Mas a obra, orçada em mais de R$ 72 mil, não saiu do papel. O diretor da escola, Rogério Kosteski, que estava presente na cerimônia, lamenta. “Mais de um ano se passou e nós estamos com a escola sem muros, aberta a quem quiser entrar”, disse Kosteski.
Na fala do diretor, a preocupação maior é com a segurança dos 212 alunos, com idade entre 5 e 10 anos, que estudam em tempo integral. Sem o muro, fica difícil controlar quem entra na escola. O fácil acesso de pessoas não autorizadas às dependências internas da escola é uma ameaça séria à segurança de alunos, professores e funcionários. "Não temos nenhuma previsão para que esse muro seja reconstruído", lamentou o diretor.
Procurado pelo JL, o assessor de Planejamento da secretaria municipal de Educação, Horácio Utiamada, disse que a empresa vencedora da licitação não concordou com o valor oferecido pela Prefeitura. “Eles constataram uma diferença nas planilhas de valores, e então pediram um adicional ao contrato. A responsabilidade agora está com o setor de licitações, que precisa tomar as medidas necessárias para que a ordem de serviço seja cumprida”, explicou. O prazo de conclusão dos trabalhos, originalmente de 60 dias, já expirou. Segundo Utiamada, “várias demandas da secretaria [de Educação] também estão na fila, precisando de uma solução”.
A reportagem tentou contato com o secretário de Obras, Ossamu Kaminagakura durante toda a tarde. Mas até as 18h28 ele não havia retornado as ligações.
Fonte: Jornal de Londrina