Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações (Sinttel), João Henrique Schimidt,  o protesto vai ocorrer das 8h às 12h na Rua Professor João Cândido, em frente ao prédio da empresa de telefonia.

"Nós queremos mostrar nosso descontentamento com a falta de diálogo e o não atendimento das nossas propostas", destacou.

A categoria quer correção salarial conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais 2% de aumento real. Além disso, os servidores ainda contestam a proposta da empresa a retirada de um aúxílio para o plano de saúde para aposentados.

Em negociação anterior, de acordo com Schimidt, a empresa teria apresentado apenas a correção salarial, uma vez que possui dívidas que chegam a casa de R$ 18 milhões. Apesar da categoria ter acatado a proposta, a Sercomtel informou que também suspenderia o abono salarial pago aos funcionários todo final de ano.

"De início pedimos R$ 2 mil de abono. É um dinheiro que usamos para as despesas de começo de ano, como IPVA, IPTU, escola. Mas estamos dispostos a conversar", destacou o diretor do Sinttel. De acordo com ele, no último ano, os servidores receberam o abono em cerca de R$ 1.800 de ticket alimentação.

Na última sexta-feira (30), parte dos quase 600 funcionários foram trabalhar de preto para simbolizar a insatisfação com os patrões. Caso a roda de negociação não seja retomada, a categoria pretende entrar em greve, uma vez que o indicativo foi aprovado durante assembleia na última quinta-feira (29).

"A nossa intenção sempre foi de diálogo. Mas ter que tomar essa decisão drástica, de paralisação, é um dos meios legais para que a nossa reivindicação possa ser atendida. A decisão de deflagrar a greve ainda vai depender do quadro de funcionários", afirmou.