Kireeff vai falar com presidente da Câmara sobre projeto que aumenta salários de secretários


O prefeito eleito Alexandre Kireeff (PSD) disse ontem que já tem um posicionamento quanto ao aumento dos salários dos secretários municipais, mas que esse posicionamento só será tornado público depois que ele for apresentado ao presidente da Câmara, Rony Alves (PTB). A reunião pode acontecer nesta terça-feira, mas até o meio da tarde de ontem ainda não estava oficialmente agendada.

A Mesa da Câmara, a quem cabe a iniciativa de apresentar projetos a esse respeito, ainda não tem uma decisão. De acordo com o vereador Tito Valle (PMDB), membro da Mesa, não houve consenso na reunião realizada na sexta-feira para tratar do assunto. “Haverá nova reunião nesta semana e vamos tentar chegar ao consenso”, declarou o peemedebista.

Segundo Valle, os vereadores pretendem conhecer “o impacto [da medida] na folha de pagamento da prefeitura”. Um dos cinco membros da Mesa não participaram da reunião de sexta-feira. Já Kireeff, que tinha um posicionamento oficial ontem à tarde, disse que pretende priorizar a “comunicação formal” da sua decisão à Câmara para manter um tom institucional no relacionamento. “Depois então é que vamos tornar pública nossa opinião sobre a pertinência ou não do aumento”, declarou Kireeff.

O tema salário de secretários, que é discutido há um ano na Câmara foi retomado na semana passada. Vereadores disseram que foram abordados por interlocutores do prefeito eleito, pedindo a votação do aumento. Kireeff desautorizou. O projeto em tramitação na Câmara é o 84/2012, que tramita desde março e em junho foi retirado de pauta. 
O texto que a Mesa pode retomar eleva o salário do prefeito de R$ 13.865,32 para R$ 19.911,42; o do vice iria de 5.199,48 para R$ 7.466,76; os secretários passariam de R$ 6.500 para R$ 12 mil.

Kireeff estaria com dificuldades para compor o secretariado por conta do salário atual. Os vereadores cogitam tirar o salário do prefeito do texto, já que os vencimentos do chefe do Executivo funcionam como “teto” para o funcionalismo: ninguém pode ganhar mais do que ele.

Fonte: Jornal de Londrina