Tolerância zero para a corrupção: seminário fortalece o enfrentamento a esse câncer social


O Memorial da América Latina, em São Paulo, foi placo neste dia 10 de dezembro do “Seminário Transparência e Controle da Corrupção: A Lei de Acesso à Informação”.

Para a União Geral dos Trabalhadores (UGT), avançar no enfrentamento a corrupção no Brasil é, acima de tudo, uma questão de relevância social que contribui para a melhoria na distribuição de renda no país, na qualidade dos serviços prestados à sociedade, na geração de trabalho, entre outros.

O evento que foi promovido pelo Movimento Ministério Público Democrático (MPD) reuniu representantes da sociedade civil e dos órgãos públicos que buscam, efetivamente, erradicar a corrupção da cultura social brasileira.

Cerca de 200 pessoas compareceram à abertura do seminário que foi dividido em dois painéis, um que abordou a Transparência e o Controle da Corrupção pelo Estado, que aconteceu na parte da manhã, e o segundo momento que debateu esse controle feito pela sociedade civil.

As palestras contaram com renomados nomes como: Dimas Ramalho, Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE); Tais Ferraz, conselheira do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP); Jorge Hage, Ministro Chefe da Controladoria Geral da União (CGU); Wellington Saraiva, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); Fernando Rodrigues, jornalista da Folha de São Paulo; Fabiano Angélico, pesquisador da GV; Ela de Castilho, subprocuradora-geral da República e ouvidora do MPF; Embaixador Roberto Abdenur, do Instituto ETCO; e Eugênio Bucci, da ECA.

Durante o seminário, coragem para divulgar os casos de corrupção foi o que mais se falou em relação às formas de se avançar no enfrentamento aos casos de desvio de conduta, tanto nos setores públicos quanto privados.

Dimas Ramalho lembrou que os grandes golpes não são praticados por pessoas de baixa renda ou pelos “batedores de carteiras” que atuam em metrôs e ônibus, mas sim por cidadãos e cidadãs acima de qualquer suspeita e que possuem graduação e pós-graduação, viajam para o exterior e ostentam um alto padrão de vida.

José Police Neto, vereador e atual presidente da Câmara Municipal enfatizou a realização do Seminário pelo MPD é uma forma de mostrar que a população começou a reagir, não como um mecanismo de violência, mas uma maneira de não aceitar mais os casos de corrupção como prática comum. “A transparência e o controle estabelecem formas organizadas para se fazer com que o dinheiro tenha o mesmo valor tanto no setor público quanto privado”, explica.

Dimas Ramalho enalteceu a presença da UGT e ressaltou que a classe trabalhadora precisa ficar mais bem informada em relação às formas de se enfrentar a corrupção e que a UGT tem um papel fundamental de multiplicador de informação, pois é uma entidade que atua, diretamente, com a base da pirâmide social brasileira.

Por Fábio Ramalho

Fonte: UGT