Sindserv quer explicações sobre dívidas de quase R$ 80 milhões da CAAPSML, em Londrina


O Sindicato dos Servidores Municipais de Londrina (Sindserv) quer explicações sobre a dívida de quase R$ 80 milhões da Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensões dos Servidores Municipais de Londrina (CAAPSML). O débito tornou-se público após declaração do novo superintendente do órgão, Denílson Novaes, durante cerimônia de posse do novo prefeito, Alexandre Kireeff (PSD), realizada na última terça-feira (1º).

De acordo com o presidente do Sindserv, Marcelo Urbaneja, o município já respondeu à solicitação e encaminhou na última sexta-feira (4) uma série de documentos sobre a dívida. Ele contou, nesta segunda-feira (7), que os técnicos do sindicato devem terminar a análise e chegar a um parecer sobre o assunto ainda nesta semana.

A Receita Federal notificou a CAAPSML por erros na planilha de contribuição financeira e determinou que a recomposição seja feita entre 2014 e 2016. "Se houve erro é preciso descobrir se partiu da prefeitura ou de servidor. E quem o cometeu precisa ser responsabilizado", apontou Urbaneja.

O presidente do Sindserv ainda lembrou que a prefeitura já possui dívida ativa com a CAAPSML, que administra os serviços de aposentadoria, em um montante de quase R$ 850 milhões.

"Isso ninguém fala. Há vários governos em que a prefeitura descontava os valores da previdência dos servidores mas não repassava na sua totalidade para a CAAPSML. Isso gerou um passivo muito grande", explicou.

De acordo com ele, os valores foram negociados para pagamento em 20 anos na gestão do ex-prefeito Nedson Micheleti (PT). "Quando se fala que a CAAPSML é deficitária e que pode não ter dinheiro, isso pode ser verdade sim, porque não foi passado o valor que tinha que ser dado anteriormente", contou.

O Sindserv vê com preocupação a informação de nova pendência, uma vez que o superintendente da CAAPSML declarou que é possível que a administração tenha que assumir o pagamento dos valores.

"Toda vez que tem uma má gestão de recursos isso nos preocuoa. São coisas que recaem sobre a recomposição salarial, sobre o atendimento na saúde. Isso reflete em outras áreas depois. Mas é preciso deixar bem claro que a responsabilidade não é do trabalhador que tem os valores descontados do seu salários. Temos que identificar de quem foi o erro", afirmou.

Fonte: londrina.odiario.com