De acordo com a promotora de Defesa do Patrimônio Público, Leila Voltarelli, o procedimento foi instaurado em dezembro após uma representação que informou a possível irregularidade. O ex-presidente da companhia, Octávio Cesário Neto e o diretor administrativo-financeiro, Alexander Faria Fermino seriam os responsáveis pelo favorecimento da empresa.

O MP solicitou à Ebepec e a CMTU documentos da contratação do serviço. No entanto, por conta da volta do recesso do órgão, a promotora ainda não conseguiu analisar os papéis. A empresa, que pertence ao empresário Faiçal Janani, pai do proprietário da Visatec, recebe um valor de cerca de R$ 129 mil ao mês para o trabalho. Já a Visatec é responsável hoje pela capina e roçagem de Londrina.

A reportagem de odiario.com tentou contato com o ex-presidente da CMTU, mas não foi possível localizá-lo. A assessoria de imprensa informou que depois de fazer uma cotação de preços, optou pelo contrato emergencial com a empresa que apresentou o menor preço pelo serviço de varrição e limpeza das ruas de Londrina, no caso a Ebepec.

A atual administração entende que, pela importância do serviço para a comunidade, a continuidade dos trabalhos não deveria ser interrompida pela espera dos prazos legais e usuais de uma licitação.

"O prazo do contrato emergencial (180 dias), foi definido tendo como base o tempo necessário para que a CMTU possa cumprir todos os procedimentos legais exigidos pela licitação, inclusive com uma divulgação ampla que possibilite a participação de empresas de todo o país interessadas em prestar o serviço".

A companhia vai aguardar a conclusão dos trabalhos do MP para se pronunciar a respeito do assunto.