Trabalhadores aprovam greve do transporte coletivo em Londrina


Os cobradores e motoristas do transporte de coletivo de Londrina podem dar início a uma greve a partir de sexta-feira (22) caso o reajuste salarial dos trabalhadores não seja negociado. A decisão foi tomada durante assembleia das categorias na tarde desta segunda-feira (18).

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol), João Batista da Silva, a reunião dos funcionários do transporte da cidade contou com 1.068 participantes, sendo que destes, 1.014 votaram a favor da paralisação.
As categorias reivindicam reajuste de 13%, plano de saúde e ticket de alimentação no valor de R$ 8,00. "A proposta oferecida foi ridícula, de 5,29%. As empresas até aceitam discutir o ticket, que eu chamo de um 'vale coxinha', mas só depois de aprovado o acordo coletivo", disparou.
Ele comentou que os trabalhadores não podem ficar refém das empresas e do município sobre a decisão do reajuste da tarifa do ônibus da cidade. "Não dá para ficar esperando a vida toda. Vamos partir para o ataque, vamos pra cima das empresas", comentou.
A Prefeitura de Londrina analisa a planilha de custos e ainda não divulgou em quanto deve ficar o preço da passagem do transporte. Após anunciar um contigenciamento nos gastos, o município verificou como se dará o subsídio concedido de quase R$ 7 milhões às empresas concessionárias do serviço. Além disso, ainda aguarda resposta do Estado sobre benefício semelhante para Londrina, assim como será feito em Curitiba.
O presidente do Sinttrol criticou a demora da administração. "Já se passou um mês e meio desde o começo da administração e ainda nem fizeram o cálculo. Está faltando gente especializada ou então é uma inércia inaceitável mesmo", colocou.
Já o governador do Estado, Beto Richa, que esteve em Londrina nesta segunda-feira, declarou que a decisão de ajudar a cidade deve ficar só para abril ou maio deste ano. "Nós estamos terminando o subsídio de Curitiba. Eu anunciei que vamos apresentar uma alternativa a isso, uma contribuição do governo do Estado para as maiores cidades do Paraná na tarifa do transporte público", comentou.
A reportagem de odiario.com não conseguiu contato com o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Londrina (Metrolon), Gildamo Mendonça.
Fonte: londrina.odiario.com