Merendeiras da rede municipal podem parar por falta de vale refeição em Londrina


As 330 merendeiras que trabalham na rede municipal de ensino de Londrina podem parar suas atividades devido à falta do recebimento do vale refeição. Há quase um mês após o convênio firmado com a terceirizada Denjud, o contrato emergencial do serviço ainda não foi fechado pela prefeitura.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Refeições Coletivas, Refeições Convênio, Alimentação Escolar, Cozinhas e Restaurantes Industriais do Estado do Paraná (Sinterc), Dóris Andrade da Cruz, o trabalho nas escolas municipais e centros educacionais está sendo realizado desde o dia 18.

"Elas receberam os salários atrasado. O pagamento só caiu após o 5º dia útil e não veio o vale refeição e o vale alimentação. A prefeitura proibiu de comer na escola e então, pelo acordo coletivo, elas teriam que receber R$ 9 por dia. Nem isso está sendo pago", afirmou.

Dóris ainda apontou que o contrato com a empresa terceirizada sequer foi firmado. Para acabar com os constantes problemas com o repasse de dinheiro, que segundo ela ocorrem desde 2006 - quando o serviço foi concedido a empresas - ela ainda defendeu a municipalização do tabalho.

Ela destacou que as trabalhadoras não descartam a possibilidade de paralisação. A categoria tem encontro agendado com representantes da Prefeitura de Londrina na próxima quarta-feira (20).

O secretário municipal de Gestão Pública, Rogério Carlos Dias, alega que de acordo com o Decreto 666, que estabelece o fornecimento de merenda às escolas, o município tem até 60 dias para fechar o contrato com a empresa terceirizada. Ele afirmou que nenhum repasse teria sido feito para a Denjud até o momento. "O primeiro mês só termina no dia 17, quando iremos fazer o primeiro pagamento", disse.

De acordo com Dias, ainda não é possível fazer a fiscalização e cobrança da empresa neste monento, uma vez que não há contratação definitiva até o momento. "Quando for pagá-la, pelo as obrigações", disse. O secretário municipal ainda alegou desconhecer a falta do pagamento dos benefícios, dizendo que não havia recebido denúncias formais sobre o caso. No entanto, ele disse que deveria apurar a situação.

Fonte; londrina.odiario.com