Professores reclamam da utilização de igrejas para reuniões da secretaria de Educação em Londrina


Professores da rede municipal de educação, que preferiram não se identificar, fizeram críticas sobre a utilização de templos religiosos, especialmente igrejas evangélicas, para cursos de formação e reuniões da prefeitura.

Eles reclamaram sobre a palavra dada a pastores para bençãos, sob alegação que o Estado é laico e não deveria haver manifestação religiosa em ambientes de trabalho. Também mostraram incômodo aqueles que professam outras religiões ou são ateus.
Na manhã desta segunda-feira (1º), a secretária municipal de Educação, Janet Thomas, confirmou a utilização de templos religiosos para eventos. Ela declarou que os espaços são escolhidos conforme o número de pessoas envolvidas nas reuniões, que não são realizadas apenas em igrejas, mas também em universidades.
"A Assembleia de Deus tem um espaço que cabe 3 mil pessoas e outro que cabe 5 mil pessoas. O único espaço na cidade que cabem todos os professores de uma só vez é a Assembleia de Deus nos Cinco Conjuntos. Na reunião de diretores normalmente cabe no nosso espaço da Supercreche", colocou.
Sobre a palavra dada a pastores, Janet acredita que não é ofensivo. "Aconteceu na Comunicade Shalon na semana passada, não teve benção do pastor porque eles não pediram. A gente agradeceu pela utilização do espaço. Quando ocorre, acho normal quando um pastor ou padre fazem a benção bastante ampla de forma que não atinja nenhum religião específica", disse.
Como a prefeitura não paga pela utilização dos espaços, a secretária acredita que é uma cortesia deixar que os líderes religiosos tenham o benefício curto da palavra. "Não é feito para beneficiar ninguém ou nenhuma religião", defendeu.
Fonte: londrina.odiario.com