UGT mobiliza classe trabalhadora em homenagem ao Dia do Trabalhador


Mais de 1,1 milhão de  trabalhadores e trabalhadoras compareceram, na Praça Campo de Bagatelle, em São Paulo, ao ato unificado em homenagem ao dia 1º de Maio. O ato promovido pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), juntamente com a Força Sindica, CTB e Nova Central foi um momento de festa, mas também reflexão sobre as conquistas da classe trabalhadora.

Em seu discurso, o presidente da UGT Ricardo Patah parabenizou as mulheres, ressaltou a importância da data e a unidade das centrais para a luta da classe trabalhadora. “A unidade das centrais sindicais novamente proporcionou este grandioso evento e mostra a força da união de entidades comprometidas com a luta da classe trabalhadora”.

Um dos temas muito discutidos durante o ato político foi em relação  ao aumento da inflação e as suas consequências para a classe trabalhadora. Segundo o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é possível que já nos próximos indicadores, o percentual inflacionário tenha uma leve baixa, mas independente dos apontadores, a classe trabalhadora continuará a obter ganhos reais acima da inflação.
Segundo José Roberto Cunha Júnior, presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo e secretário para Assuntos Econômicos da UGT a inflação poderá cair dependendo de uma série de decisões que o governo deverá tomar que vão muito além do aumento da taxa de juros.

Para o deputado federal e vice-presidente da UGT Roberto Santiago, é preciso ficar atento com os índices que a inflação vem atingindo, mas não é uma questão que possa ser considerada assustadora. “A inflação que ai está não me assusta, porque a inflação do tomate foi uma especulação que já acabou (foi uma sacanagem). Creio que estão utilizando politicamente essa situação econômica para fins políticos eleitorais”.

Para o deputado federal e vice presidente da UGT, Roberto Santiago, a classe trabalhadora não poder ficar refém dos especuladores que ganham com a  inflação. O deputado assegurou no Congresso o projeto que regulamenta o trabalho terceirizado no País. "O que esta ai é dado ao trabalhador", disse.

Um dia de festa e reflexão

“É uma data comemorativa e histórica, que mostra nacionalmente a unidade das centrais sindicais e que somente unidos alcançaremos nossos objetivos” ressaltou Avelino Garcia, 2º Secretário Geral Adjunto da UGT.

O Presidente da UGT/SC Waldemar Shulz Júnior (Mazinho), lembrou que este é o maior dia do trabalhador do mundo e ressaltou o quanto é importante a adesão da classe trabalhadora a essa festa, mas também para refletir sobre a militância e as conquistas adquiridas ao longo dos anos, sem esquecer que ainda há muito para avançar.

A mais importante conquista da classe trabalhadora, neste ano de 2013 completa 70 anos. A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) foi lembrada como sendo fundamental para a vida de todos brasileiros e brasileiras e, ressaltado que nenhuma central, jamais, aceitará que qualquer direito trabalhista seja flexibilizado.

“2013 é o ano da classe trabalhadora e nós da UGT não aceitamos, nem aceitaremos, em hipótese alguma, que os direitos trabalhistas sejam flexibilizados ou que haja algum tipo de perda. Na CLT não pode haver retrocessos, pois ela foi um marco para a classe trabalhadora e a partir dela só será possível avançar nas conquistas trabalhistas ”, explica Ricardo Patah.

Fonte: UGT