Decisão do governo de adiar ampliação da carga horária pode terminar com greve


O governo do estado adiou o prazo para a entrada em vigor da determinação que aumentava a jornada de trabalho de todos os servidores do Hospital Universitário (HU) e do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) para 40 horas semanais sem remuneração extra. Na manhã desta quarta-feira (8), o Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos da UEL (Assuel) realiza uma nova assembleia que deve por fim à greve.

O adiamento da determinação era reivindicação do sindicato e foi autorizado pela Secretaria de Estado de Administração e Previdência na tarde desta terça (7). O documento foi enviado à reitoria da UEL, garantindo que até o final de agosto os servidores com carga horária diferenciada continuam com a antiga escala de trabalho. “Era esse o nosso pedido. Agora, vamos decidir pela suspensão da greve e aguardar para ver se essa medida vai ser cumprida”, afirmou o presidente da Assuel, Marcelo Seabra.

De acordo com a reitora da universidade, Nádina Moreno, a medida foi tomada para que a população não seja prejudicada pela paralisação dos servidores. “A maioria dos servidores com carga inferior a 40 horas estão nos hospitais e a greve prejudica diretamente os pacientes”, explicou.

Em reunião realizada na última quinta-feira (2), a Assuel e o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, teriam entrado em acordo. “O secretário se comprometeu a enviar um documento à administração para desobrigar os servidores em jornada diferenciada a fazer 40 horas, mas ele não enviou esse documento até ontem [segunda-feira]”, disse Seabra. O documento manteria as escalas inalteradas até julho, ao mesmo tempo em que tentaria um acordo entre as duas partes.

Entenda o caso

De acordo com a Assuel, a greve é um protesto contra a determinação do governo paranaense de aumentar a jornada de trabalho de todos os servidores para 40 horas semanais sem aumento nos salários.

Cerca de 1,2 mil servidores praticam cargas horárias de 36, 30 e 24 horas semanais. Fazem parte desta categoria profissionais de enfermagem, odontologia, radiologia, fisioterapia, jornalismo, entre outras – por isso, a greve afeta diretamente a população. Os acordos coletivos de trabalho não permitem o aumento da carga horária sem prévia negociação, disse o sindicato.

Fonte: www.jornaldelondrina.com.br