UGT representa classe trabalhadora na posse do presidente da Associação Comercial


Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) participou da cerimônia de posse do segundo mandato de Rogério Amato na presidência da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) na manhã de segunda-feira (6) e foi o único dirigente sindical a usar a palavra.

Com a participação da presidente da República Dilma Rousseff, do governador e do prefeito de São Paulo, respectivamente, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad, a cerimônia contou com presença de 1330 pessoas entre políticos, representantes de associações comerciais, além de micro e pequenos empreendedores.

Representando a classe trabalhadora no evento, Ricardo Patah lembrou que muitas das pessoas presentes à posse de Rogério Amato são micro e pequenos empresários e que essas empresas são as que mais geram emprego e renda para a população.

Patah destacou que as mulheres, por mais que nos últimos anos tenham avançado nas suas conquistas, ainda sofrem muita discriminação e preconceito, cumprindo muitas vezes jornadas triplas de trabalho e, para exercer as mesmas funções, ainda recebem remuneração inferior ao do seu companheiro de serviço.

As ações conjuntas entre UGT, Sindicato dos Comerciários de São Paulo, tem ampliado a vigilância do cumprimento da legislação trabalhista, principalmente na formalização do trabalho. Isso, na opinião do Recardo Patah, é fundamental para o crescimento do Brasil.

Ricardo salientou a necessidade de ampliação da parceria entre as entidades focando a melhoria das condições laborais e o crescimento econômico e social do país com melhor distribuição de renda, saúde e educação para toda a população.

Em relação à inflação, Patah se mostrou favorável às medidas adotadas pela equipe econômica para manter a inflação controlada e, categoricamente, enfatizou contrariedade a proposta de acionar o “gatilho salarial”, instrumento usado nos anos 80, em que os salários passam a ser reajustados cada vez que a inflação acumular um porcentual pré-definido. “Sou contra o gatilho porque esse é um recurso usado em tempos de inflação descontrolada, não queremos esse dragão de volta às nossas vidas”.

Patah ressaltou também que a rotatividade no mercado de trabalho brasileiro é muito alta e que é preciso haver a possibilidade de contrapartida até para de achar um equilíbrio, além de enfatizar que a UGT é favorável que os recursos públicos sejam dirigidos para a produção, para que o Brasil não seja somente um país rico, mas também com melhor distribuição de renda, educação e saúde para a população.

No encerramento de seu discurso, o presidente ugetista fez uma homenagem póstuma em memória de José Ibrahim que faleceu no último dia 02 de maio e, assim como a presidente Dilma Rousseff enfrentou a ditadura militar brasileira, tendo sido preso e torturado. “O sindicalismo brasileiro perdeu uma figura importante da história recente do país que, assim como nossa presidenta Dilma, contribuiu para mudarmos os rumos do Brasil e contribuiu para a construção da democracia que vivemos”.

Fonte: UGT