UGT leva reivindicações dos trabalhadores ao Ministério do Trabalho


O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah esteve, ao lado dos deputados federais e vice-presidente da UGT, Roberto de Lucena (PV-SP) e Ademir Camilo (PSD-MG), reunido em Brasília com o Ministro do Trabalho Manoel Dias, a quem entregou um documento com as reivindicações dos mais de 7 milhões de trabalhadores filiados aos sindicatos da UGT e a pauta trabalhista da central para o ano de 2013.

O presidente da UGT disse ao ministro que a central vai às ruas para defender os interesses da classe trabalhadora e mostrar a sociedade que, apesar do Brasil ter avançado nas gestões do Governo Lula e Dilma, ainda existem muitos gargalos e equívocos do Governo que impedem que os avanços sejam mais consistentes e isso traz prejuízos à classe trabalhadora.

Leia a integra do documento entregue por Ricardo Patah ao Ministro Manoel Dias:

COMPROMISSO DA UGT NO COMBATE À INFLAÇÃO:

A inflação prejudica o trabalhador. E somos contra a indexação ou qualquer forma de gatilho. Qualquer uma dessas duas medidas seria como oferecer ao doente um veneno com recipiente de remédio. Ou quebrar o termômetro para acabar com a febre do doente. Para a UGT o combate à inflação deve se dar no aumento da produção. O Brasil deve crescer pela produção e não pelo consumo, como aconteceu até agora.

2)ACABAR COM O GARGALO E DA INFRAESTRUTURA:

Esse gargalo tem que ser resolvido com a abertura para o capital privado, nacional e internacional, como os chineses fizeram. E essa medida tem que ser tomada imediatamente, pois o Estado não tem condições de arcar com esse custo. É um absurdo ficar fila de caminhões nos portos, esperando para serem descarregados. E navios, com custos elevados, esperando a carga.

3)FINANCIAMENTO PARA A PRODUÇÃO:

Criar um BNDES para micro e pequenos empresários. Medida que vem a calhar agora que foi criada a Secretaria da Pequena e Média Empresa, que tem status de ministério. E é comandada pelo Guilherme Afif Domingos, um dos dirigentes do PSD e coordenador do Espaço Democrático do partido. A expectativa é que Afif aplique essa modalidade de política.

4)CIÊNCIA E TECNOLOGIA:

Governo deve prestar todo o apoio à Ciência e a Tecnologia, a exemplo do que foi feito no Japão e na Coreia do Sul. Inclusive com isenção de impostos das empresas que investirem nesses dois setores.

5)IMPOSTO DE RENDA:

Atualizar a tabela do imposto de renda da pessoa física, que está defasada em 66,4%, desde 1996, segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco Nacional).

6)CONTRAPARTIDA SOCIAIS DAS DESONERAÇÕES:

O movimento sindical exige contrapartidas sociais de todos os setores beneficiados pela folha de pagamento.

7)FGTS:

A remuneração do FGTS deve possibilitar novas formas de remuneração. Atualmente, a poupança do trabalhador é remunerada por3% ao ano mais TR, muito abaixo do que paga a até a poupança. Reivindicamos, diante disso, que o trabalhador tenha o direito de aplicar o seu FGTS no tesouro nacional, por exemplo. Além, dos fundos de investimentos já existentes, que ele possa aplicar no mercado financeiro.

8)QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL:

Liberar verbas do FAT para a qualificação profissional, não só para atender a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, mas atender o Brasil do futuro.

9)TAXA DO COMÉRCIO:

A taxa de 1%, que constava do projeto de regulamentação, deve ser reativada e o resultado da verba recolhida, como quer a nossa presidente Dilma, deve ser voltada para a saúde e educação do trabalhador. E será feito como a presidente quer.

10)PESCADOR E TRABALHADOR RURAL:

a)requalificação profissional com a nova realidade do campo;
b)abertura da reforma agrária aos trabalhadores excluídos do trabalho formal;
c)assistência científica e tecnológica e investimento para a agricultura familiar;
d)democratização e fácil acesso às vias de crédito para a agricultura familiar;
e)respeito à mulher trabalhadora rural.

11)PESCADORES

a)acompanhamento de técnicos para implementar o plano safra da pesca, do ministério da pesca e aquicultura, pois esse plano safra depende de projetos específicos, como também de projetos de habitação popular dos pescadores, através do ministério das cidades.
b)as UGTs estaduais reivindicam a instalação do centro de apoio ao trabalhador, nos moldes que estão funcionando na Força Sindical de São Paulo e na UGT do Rio de Janeiro.

Fonte: UGT