Negociações não avançam e coletores de lixo de Londrina seguem em greve


Um dia inteiro de negociações não foi suficiente para pôr fim à greve dos coletores de lixo de Londrina. Nesta quarta-feira (15), no entanto, a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e a MM Consultoria, Construções e Serviços, empresa responsável pela coleta, devem apresentar uma nova proposta.

Sem acordo sobre o reajuste nos salários, nenhum dos 130 funcionários que realizam o serviço saiu às ruas para trabalhar nesta terça-feira (14), primeiro dia da paralisação. Em reunião com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação (Siemaco), nesta tarde, a CMTU se comprometeu a incluir na próxima licitação a obrigatoriedade de reajustar em 10% os salários dos funcionários. A medida, no entanto, passaria a valer apenas no próximo contrato, que terá vigência no segundo semestre.

Em assembleia, a proposta foi rejeitada pela categoria. “Eles disseram que no contrato vigente não podem oferecer nada”, contou a presidente do Siemaco, Izabel Aparecida de Souza. “Mas quem já esperou um ano pelo reajuste, não dá para esperar até julho”, argumenta ela. O contrato com a MM vence em 26 de junho.

Segundo Izabel, desde a data base, que é 1º de maio, o Siemaco vem tentando negociar o reajuste salarial com a empresa, que ofereceu reposição de 6,57%. Hoje, o vencimento dos coletores é de R$ 865.

A categoria pede 20% de reajuste nos salários, 30% nos tickets. Além disso, o sindicato quer discutir algumas cláusulas do contrato que tratam das condições de trabalho dos coletores.

Proposta conjunta

Em reunião com a CMTU no início da noite desta terça-feira (14), a MM apresentou uma nova proposta no índice de reajuste oferecido aos coletores. "Agora, vamos aguardar. Eles vão analisar os números porque isso vai impactar na licitação do novo contrato", explicou o representante da MM, Raimundo Paiva. Segundo ele, a companhia se dispôs a tentar oferecer uma proposta de reposição imediata, em conjunto com a empresa.

Segundo Paiva, a proximidade do vencimento do contrato é o grande obstáculo para que a empresa ofereça reajuste maior. "No ano passado, nós pudemos fazer a reposição salarial e foi um índice acima da realidade das outras categorias. Este ano, com o fim do contrato se aproximando, não vai ser possível", argumentou Paiva. "Temos que raciocinar que teremos que pagar rescisão, décimo terceiro e será um valor muito alto que a empresa vai arcar."

Fonte: www.jornaldelondrina.com.br