Os servidores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), que estão em greve desde sexta-feira (28), devem manter os braços cruzados pelo menos até quarta-feira (3). Nesta terça-feira (2), representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais na Área de Pesquisas Agrícolas e Agropecuárias do Paraná (Sindpar) e do Iapar se reunirão com o secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, em Curitiba. Uma nova assembleia deve ser realizada na quarta-feira (5) para discutir as propostas apresentadas.
Os servidores reivindicam abono emergencial de R$ 800 e reajuste na tabela salarial. Antes mesmo do início da greve, o governo acolheu a proposta de conceder uma gratificação emergencial apenas aos servidores de menor remuneração. Isso elevaria o salário de 87 servidores de R$ 900 para R$ 1,6 mil e nos traria um problema. Servidores que estão no Iapar há 30 anos continuariam ganhando R$ 1,5 mil, explicou o presidente do Sindpar, Ricardo Moura.
A reivindicação, segundo ele, é de que todos recebam o abono emergencial e que seja feita uma reestruturação dos salários. Além de Londrina, também aderiram à greve todos os servidores das unidades do Iapar em Ibiporã, Pato Branco, Santa Tereza do Oeste, Santa Helena, Ponta Grossa e Cambará.
O diretor-presidente do Iapar, Florindo Dalberto, informou que os salários foram corrigidos em 43,89% desde 2006, quando foi implantado o atual plano de carreiras. Ele reconhece, no entanto, que há defasagem na remuneração. Sabemos que a tabela salarial não está competitiva em alguns aspectos, mas ainda não é possível trabalhar na reestruturação salarial por causa do limite prudencial [da Lei de Responsabilidade Fiscal], argumenta. O limite prudencial está ligado à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Segundo ele, se mantida por muito tempo, a greve pode trazer prejuízos a materiais de pesquisa, animais, plantas e laboratórios que precisam de manutenção. Mas contamos com a maturidade do sindicato para que esse patrimônio público não sofra nenhum prejuízo.
O Iapar, com 41 anos de história, tem hoje menos de 800 servidores em todo o Estado. O instituto desenvolve 15 programas de pesquisa, com 225 projetos que totalizam 560 experimentos de campo espalhados por todo o Paraná.
Fonte: Jornal de Londrina