Prefeitura cancela prova para Enfermeiro Auditor do concurso da Saúde


A Prefeitura de Londrina cancelou a prova para Enfermeiro Auditor do concurso público da Saúde realizado no domingo (14), depois de uma série de denúncias de perguntas plagiadas de outros processos seletivos realizados no Brasil. O anúncio foi feito pelo secretário municipal da Saúde, Francisco Eugênio de Souza, durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (17).
Segundo ele, a intenção inicial era cancelar a prova, mas tudo dependia do parecer da Procuradoria do Município, que o emitiu nesta quinta-feira (17), favorável ao cancelamento. Um novo edital será aberto, provavelmente em 30 dias, para a aplicação de uma nova prova às 176 pessoas que se candidataram ao cargo de Enfermeiro Auditor.
O cancelamento do concurso não deve afetar o atendimento ao público. “Felizmente, é a área que vai causar menos prejuízo. O cidadão não é atendido diretamente por esse enfermeiro, diferentemente de um médico do Samu. O trabalho do enfermeiro auditor é burocrático, interno”, explicou o secretário.
Em relação às provas para os demais cargos que também apresentam questões idênticas às de outros concursos, o secretário informou que os recursos dos candidatos estão sendo analisados individualmente. Se houver pertinência, as questões poderão ser canceladas, mas não as provas.
“O volume de questões plagiadas fez a diferença [em relação à prova de Enfermeiro Auditor]. O volume foi expressivo, então o mais correto seria zerar a prova e fazer uma nova”, comentou o secretário, durante a coletiva. No total, 26 das 35 questões eram iguais a de concursos realizados em outros três estados.
O secretário informou desconhecer quanto vai custar a aplicação de uma nova prova aos candidatos a Enfermeiro Auditor. A elaboração ficará, novamente, sob a responsabilidade da Secretária Municipal da Saúde, com a ajuda de professores de instituições de ensino superior que serão convidados. Agora, haverá a exigência de ineditismo das questões.
A Prefeitura também vai apurar o que houve durante a elaboração das provas. Medidas serão tomadas ao final do processo. “Não acredito que houve má fé dos elaboradores. Creio que houve um grande descuido, uma ação menos atenciosa, menos empenhada por parte de quem fez as provas”, avaliou Souza.
Fonte: Jornal de Londrina