O e-mail encaminhado ao portal odiario.com  considerou quatro pontos de possíveis falhas no fornecimento e conferência dos produtos da merenda escolar. O primeiro item dispõe sobre a diferença na entrega dos alimentos. Segundo a denúncia, estão sendo encaminhados ao município produtos diferentes aos licitados no último certame.

Além disso, foi colocado que apesar da prefeitura ter negociado os alimentos por quilo, a empresa responsável pelo serviço vem fazendo a entrega por meio de pacotes e também não estaria deixando o comprovante com a lista dos materiais entregues.

Divulgação

Secretaria de Educação investiga denúncia de irregularidade na merenda de Londrina - Divulgação 

Feijão e arroz entregues seriam de qualidade inferior

Uma das mais graves considerações apontou que o feijão e o arroz são de má qualidade, e não correspondem ao licitado. A secretária municipal de Educação, Janet Thomas, afirmou que desde que tomou conhecimento do caso mandou recolher amostras dos alimentos. "Minha preocupação foi retirar o quanto antes para que não houvesse qualquer manipulação de resultado", declarou.

Ela contou que a gerência de merenda afirmou que todos os procedimentos são realizados e que não haveria erros na conferência dos produtos. No entanto, para a própria secretária municipal, "onde há certa fumaça pode haver um sinal de fogo". Por isso, foi determinado que sejam levantados todos os dados para identificar possíveis falhas.

"As denúncias são positivas. A gente pode verificar se algo está errado ou então ter a certificação que está tudo dentro dos conformes", disse. Janet refutou alguns posicionamentos da denúncia, como o fato da entrega ser feita por pacotes. De acordo com a secretária municipal, o procedimento não é ilegal, já que o município licita por quilo e cabe a empresa a entregar o combinado. "O que não se pode fazer na licitação é determinar a marca, isso é proibido por lei. A empresa que informa qual marca que deverá entregar", comentou.

Janet ainda falou sobre a conferência dos produtos, que segundo ela, deve ser feita por diferentes corresponsáveis, como no caso da diretoria e gerência de merenda. "Até hoje ninguém desse fluxo, seja até mesmo o fornecedor, repassou algo de errado", disse.

A secretária municipal explicou que os diretores devem assinar documentação quando os alimentos são entregues. Porém, nem sempre os documentos são de ordem física. "Estamos passando por um processo de diminuição de circulação de papel. Estamos verificando se isso ocorreu nesse caso. A prefeitura vem deixando de trabalhar com assinatura em papel para fazer aassinatura eletrônica. Mas isso não significa que as verificações não estão sendo feitas", declarou.

A Educação pretende finalizar o levantamento nesta semana. Tudo o que for levantado será remetido à Corregedoria Geral.

Ao contrário do que publicou a reportagem de odiario.com, a Denjud não é responável pela compra dos alimentos. A empresa toca o fornecimento de mão de obra para a produção das refeições e também higieniza os locais de trabalho.