Coletores de lixo aprovam indicativo de greve para a próxima segunda-feira em Londrina


Os coletores de lixo de Londrina aprovaram indicativo de greve, em uma assembleia realizada nessa quarta-feira (14). A decisão foi tomada após a Construtora J.W. Ltda, responsável pela contratação dos profissionais, não apresentar os documentos necessários para o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana (Siemaco).

A presidente do Siemaco, Izabel Aparecida da Silva, explicou na tarde desta quinta-feira (15) à reportagem de odiario.com  que a falta do cadastro da companhia junto ao órgão impede que os trabalhadores recebam os benefícios concedidos pelo sindicato, como assistência médica. Além disso, foram registrados problemas nos pagamentos.
"Não houve atraso. O problema é que a empresa, desde que começou a atuar na cidade, não deu os documentos para cadastro, não existindo perante o sindicato. Assim, ela pode fazer o pagamento do jeito que ela quiser. Eles estão pagando quinzenalmente o ticket e o vale-transporte, isso não pode. Eles devem ser pagos integralmente junto com o salário do mês", explicou.
Após a aprovação da paralisação, que pode ter início na próxima segunda-feira (19), o Siemaco tentou por três vezes comunicar a J.W. da decisão, porém, a empresa se recusou a receber a notificação. O documento foi então protocolado na Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU).
Segundo Izabel, a CMTU não deve intervir no atrito, já que ele diz respeito apenas aos profissionais e à empresa. A J.W. iniciou o serviço no final do mês de junho, quando o município assumiu emergencialmente a coleta de lixo, terceirizando a mão de obra e alugando caminhões para o transporte dos resíduos.
Caso o problema não seja resolvido até o final desta semana, os 156 coletores entrarão em greve já nas primeiras horas de segunda-feira.
Visatec
A CMTU também registra problemas no contrato com a Visatec, responsável pela capina e roçagem de Londrina. O município informou essa semana que estuda a rescisão do vínculo, já que a empresa apresentou falhas na prestação do serviço e deixou de entregar documentos.
A empresa já foi notificada 40 vezes desde o início do contrato com a CMTU, em março de 2012. Além disso, os trabalhadores protestaram em frente à sede da companhia municipal contra os salários atrasados.
Fonte: londrina.odiario.com