Profissionais de educação do Estado fizeram uma passeata até a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quarta-feira (11), e decidiram acampar ali à espera de uma reunião com o vice-governador Luiz Fernando Pezão. O grupo foi até a Casa após decidir, em assembleia na Lapa, no Centro do Rio, pela continuidade da greve, iniciada há mais de um mês. Por volta das 19h, policiais já haviam chegado ao local.
O protesto acabou, prometendo vigÃlia — não por acaso — onde o deputado estadual Comte Bittencourt (PPS) e presidente da Comissão de Educação ouvia denúncias enquanto corregedor da Alerj, em relação a deputada Janira Rocha (PSOL). Os professores tentaram também encontrar o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), mas a reportagem do G1 não conseguiu contato com nenhum dos parlamentares para confirmar os encontros.
Continuidade da greve
Nem mesmo a decisão judicial, que implica multa diária ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) em R$ 200 mil por dia, intimidou os docentes a darem fim à greve. O Sepe recorreu das liminares. "Votamos pela continuidade da greve. O que importa é a luta da categoria e não liminares da Justiça", disse a coordenadora do SEPE, Marta Moraes, logo após a decisão.
Segundo organizadores, o encontro reuniu cerca de 10 mil pessoas e, por volta das 17h, parte do grupo saiu em passeata pela Lapa rumo a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Minutos antes da decisão, a Secretaria Estadual de Educação já se pronunciava "lamentando que o Sepe, com essa manutenção da greve, prejudique mais de 30 mil alunos às vésperas do Enem".